Conta a lenda que, em uma época em que as plantas da Patagônia não tinham flores, a bela Kospi foi raptada por Karut. A paixão era tão grande que o senhor da montanha se viu obrigado a esconder a jovem de origem mapuche no mais profundo das cavernas glaciares.
Kospi chorou tanto que um dia converteu-se em gelo e confundiu-se em meio aos imensos icebergs da região. Quando Karut voltou para admirá-la, sua presa já não estava e, furioso, bradou até despertar uma forte tempestade. Os dias seguintes foram de tanta chuva que a garota transformou-se em água e seguiu o curso dos riachos patagônicos, atingiu a planície e regou os vales. Na primavera seguinte, subiu sobre plantas e converteu-se em flor.
Desde então, a Patagônia argentina não se cansa de se transformar. Glaciais que avançam e retrocedem, como o famoso Perito Moreno de El Calafate; rios de El Chaltén que têm seus cursos desviados por fenômenos naturais; bosques esverdeados que se petrificam, como os impressionantes troncos milenários de Jaramillo; vegetação que se veste de novas cores de acordo com a estação do ano; e uma fauna única que costuma passar as férias em terras austrais, como baleias, leões marinhos e pinguins.
Esses são alguns dos inúmeros espetáculos naturais em solos patagônicos que arrastam viajantes de todas as partes do mundo, durante todo o ano, atraídos pelas opções naturais. Seja a versão costeira que se debruça sobre o oceano Atlântico ou o lado mais afastado das cordilheiras dos Andes, a Patagônia argentina é destino ideal para viajantes de todos os estilos. Até o cientista Charles Darwin se rendeu à impressionante variedade natural da região patagônica, há mais de 160 anos. Basta disposição e tempo para percorrer um dos pedaços de terra com menor concentração humana por quilômetro quadrado da Argentina, como a Província de Santa Cruz, com uma densidade demográfica de 0,8 habitante por km².
As três províncias patagônicas que mais atraem visitantes são Chubut, famosa pela geografia árida de Porto Pirâmides e a pinguineira de Punta Tombo; Santa Cruz, cujos maiores símbolos são montanhas como o Fitz Roy e os imensos blocos de gelo azulado do glacial Perito Moreno; e a Terra do Fogo, onde o Ushuaia quase toca o fim do mundo. Quase, até que se termine a disputa pelo título de cidade mais austral com a vizinha Porto Williams, na Patagônia chilena. Mas difícil mesmo será decidir qual dos atrativos incluir no roteiro. A imensidão geográfica, que exige longos deslocamentos, e a variedade de atrações espalhadas obrigarão o viajante a dedicar-se a conhecer parte da região. Caso contrário, serão necessários alguns meses sabáticos para rodar as estradas ou voltar mais de uma vez. O que, se tratando de Patagônia, não é uma má ideia.
Kospi chorou tanto que um dia converteu-se em gelo e confundiu-se em meio aos imensos icebergs da região. Quando Karut voltou para admirá-la, sua presa já não estava e, furioso, bradou até despertar uma forte tempestade. Os dias seguintes foram de tanta chuva que a garota transformou-se em água e seguiu o curso dos riachos patagônicos, atingiu a planície e regou os vales. Na primavera seguinte, subiu sobre plantas e converteu-se em flor.
Desde então, a Patagônia argentina não se cansa de se transformar. Glaciais que avançam e retrocedem, como o famoso Perito Moreno de El Calafate; rios de El Chaltén que têm seus cursos desviados por fenômenos naturais; bosques esverdeados que se petrificam, como os impressionantes troncos milenários de Jaramillo; vegetação que se veste de novas cores de acordo com a estação do ano; e uma fauna única que costuma passar as férias em terras austrais, como baleias, leões marinhos e pinguins.
Esses são alguns dos inúmeros espetáculos naturais em solos patagônicos que arrastam viajantes de todas as partes do mundo, durante todo o ano, atraídos pelas opções naturais. Seja a versão costeira que se debruça sobre o oceano Atlântico ou o lado mais afastado das cordilheiras dos Andes, a Patagônia argentina é destino ideal para viajantes de todos os estilos. Até o cientista Charles Darwin se rendeu à impressionante variedade natural da região patagônica, há mais de 160 anos. Basta disposição e tempo para percorrer um dos pedaços de terra com menor concentração humana por quilômetro quadrado da Argentina, como a Província de Santa Cruz, com uma densidade demográfica de 0,8 habitante por km².
As três províncias patagônicas que mais atraem visitantes são Chubut, famosa pela geografia árida de Porto Pirâmides e a pinguineira de Punta Tombo; Santa Cruz, cujos maiores símbolos são montanhas como o Fitz Roy e os imensos blocos de gelo azulado do glacial Perito Moreno; e a Terra do Fogo, onde o Ushuaia quase toca o fim do mundo. Quase, até que se termine a disputa pelo título de cidade mais austral com a vizinha Porto Williams, na Patagônia chilena. Mas difícil mesmo será decidir qual dos atrativos incluir no roteiro. A imensidão geográfica, que exige longos deslocamentos, e a variedade de atrações espalhadas obrigarão o viajante a dedicar-se a conhecer parte da região. Caso contrário, serão necessários alguns meses sabáticos para rodar as estradas ou voltar mais de uma vez. O que, se tratando de Patagônia, não é uma má ideia.
Na região dos cenários mutantes, nem os céus ficaram de fora da mutação. Os meses quentes de verão são abençoados por longos dias com até 17 horas de luz, quando a poucos minutos da meia-noite é comum ver o sol preguiçoso formando manchas multicoloridas no horizonte; no inverno, os dias são mais curtos e o sol não se atreve a aparecer mais do que oito horas diárias. As temperaturas podem ir de -20°C, durante o rigoroso inverno da Terra do Fogo, aos mais de 30°C da árida Porto Madryn. É só uma questão de escolher qual sensação térmica você quer provar. E quando falamos de Patagônia mutante, todas as sensações serão intensas.
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