terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cosmopolita e apaixonante, Nova York tem muitas formas de ser conhecida


Pensar em fazer uma viagem para um dos focos de uma crise mundial pode parecer loucura. Nova York nunca precisou de uma "desculpa" para ser visitada. Ainda mais num momento de tantas incertezas. Você economizou, se preparou, encheu seu coração de coragem e, além do mais, merece colocar os pés na capital do mundo. Esta, portanto, é a sua chance de presenciar um momento histórico e conhecer uma das cidades mais visitadas em transformação, que em 2008 recebeu número recorde de visitantes, 47 milhões de pessoas. Dois acontecimentos históricos mudaram a vida do norte-americano e também do mundo. A vitória do primeiro afro-americano, Barack Obama, a um dos cargos mais cobiçados do planeta, de presidente dos Estados Unidos, é um deles. O outro, uma das maiores crises financeiras mundiais depois de 1929. Nova York não recebe apenas um tipo de turista. Os roteiros para conhecer a cidade são infinitos e podem ser feitos até mesmo de forma temática, como conhecer, por exemplo, a cidade a partir de visitas a locações de grandes filmes rodados ali. Assim, como em qualquer lugar, o importante não é o número de dias rodados e, sim, como você os vivencia. Para isso, pare, pense e reflita: como você quer conhecer NY?A cidade ocupa o primeiro lugar no ranking como a mais populosa dos Estados Unidos. De acordo com o último dado fornecido pelo serviço nacional de recenseamento, em 2000, era possível ouvir cerca de 170 idiomas falados regularmente na cidade, que é divida por cinco distritos: Manhattan, Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island. Margeada pelo rio Hudson, Manhattan corresponde à área mais rica de Nova York. É onde estão localizados o centro financeiro, na famosa Wall Street, a sede da ONU (Organização das Nações Unidas) e das principais universidades: Nova York University (NYU) e a Universidade de Columbia.
A ilha de Manhattan pode ser dividida em três partes: Uptown (tradução literal para "parte de cima da cidade") possui no seu coração o Central Park. Ainda um pouco mais acima, a região é conhecida como "Way Uptown" (na tradução literal, "muito mais acima") é onde estão bairros como o Harlem.O meio da cidade, Midtown, é a região em que se localiza o Rockefeller Center e bairros como Chelsea, Gramercy e Hell's Kitchen. E a parte de baixo da cidade, Downtown, onde se localizam, na ponta da ilha, o Financial District, em que já se pode avistar a Estátua da Liberdade; a ponte do Brooklyn e também a área onde estão os idolatrados bairros Tribeca, Chinatown, Lower East Side, West e East Village e Soho.O interessante em Nova York é que a paisagem nunca é a mesma. Por mais que se passe um tempo nela, você nunca se comporta da mesma forma. As famosas rosquinhas Donuts já foram substituídas pelos deliciosos cupcakes. A febre das "iogurterias" que apareceram em cada esquina e levaram os novaiorquinos à loucura com sua guerra de preços também já passou. As galerias de arte do Soho 'caminharam' para o Chelsea, ao passo que o bairro do Harlem é revitalizado e, ao mesmo tempo, recebe com alegria a vitória de Barack Obama, fazendo ouvir os tambores afro-americanos em festa semelhante ao de 4 de julho. Daqui a um tempo, a onda pode ser totalmente outra.O mundo numa cidadeÉ difícil identificar o cidadão novaiorquino. Hoje, porto-riquenhos, coreanos, chineses, sul-africanos, brasileiros, paquistaneses estão por trás do que se respira por ali. Portanto, ao comprar o bilhete de avião você já fez um bom negócio. Pagando para conhecer apenas uma cidade, você terá a oportunidade de visitar outras do mundo. Prepare-se para uma metrópole única e tenha certeza que, ao voltar, sua cabeça não será a mesma.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Serra da Capivara, no Piauí, mostra que o homem pré-histórico realmente tinha muito bom gosto




Ao caminhar pelas trilhas e passarelas do Parque Nacional da Serra da Capivara fica fácil imaginar os motivos que levaram o homem pré-histórico a escolher aquela região como lugar para morar. A exuberância natural é de encher os olhos: o dobramento da serra em eras geológicas passadas colocou de pé o que antes era o fundo do mar e de alguns rios. Os paredões expõem, como em uma imensa galeria, o desenho singular das rochas sedimentares, dos seixos, e os vestígios da deposição de materiais, através dos tempos, no fundo das águas.Essa foi a paisagem que os primeiros habitantes da América encontraram quando, entre 60 a 100 mil anos atrás, chegaram por aquelas terras e lá encontraram um "paraíso". A região, na época de seus primeiros moradores, era um território de encontro de dois domínios vegetais: o da Floresta Amazônica e o da Mata Atlântica. Por conta disto, oferecia excelentes condições para a fixação dos grupos humanos uma vez que, além das cavernas encravadas na rocha que serviam de habitação, contava também com fauna e flora abundantes onde se conseguia o alimento e, nos rios, lagos e nascentes, a água, indispensável à sobrevivência. Cometerá o maior dos enganos aquele que disser que o homem pré-histórico não está mais lá. O legado deixado por esses habitantes nas rochas e no solo do Piauí mantém viva a chama desses nossos ancestrais. Vivem nas histórias da população local, nas pesquisas dos historiadores e, principalmente, no pensamento dos visitantes do parque que, ao se aproximarem de qualquer uma das mais de 35 mil pinturas rupestres espalhadas pelos sítios arqueológicos, não conseguem conter a emoção e deixar de se perguntar: "Como é possível milhares de anos da história do homem estarem bem aqui na minha frente?".O ser humano tem uma capacidade imensa de surpreender outros de sua espécie com feitos e realizações, frutos de nossa capacidade de raciocinar, de pensar, com a música, a habilidade de contar histórias, e com a arte.
No Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade, lembramos que somos um pequeno grão de areia nos desertos do tempo e que a raça humana já sabia como impressionar seus semelhantes muito antes do que nós imaginávamos.Arte rupestreEm 1991, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade por abrigar o maior conjunto de arte rupestre do planeta e vestígios das populações que ocuparam a região sudeste do Piauí desde, pelo menos, 50 mil anos atrás. A reserva é administrada por um convênio entre o poder público e a Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), que tem como Diretora Presidente, desde a criação da fundação, a pesquisadora Dra. Niède Guidon.As pinturas foram realizadas durante milênios, ilustrando a vida cotidiana, os cerimoniais e os animais - muito deles hoje inexistentes na região. O Sítio do Boqueirão da Pedra Furada é um autêntico museu a céu aberto e concentra o mais antigo e mais importante sítio arqueológico das Américas.CerâmicaHá cerca de 3.500 anos apareceram povos agricultores e ceramistas na área, que sepultavam os mortos em covas na terra ou urnas funerárias. Permaneceram ali até a chegada dos colonizadores, quando foram dizimados. A tradição de usar a terra para produzir a cerâmica, entretanto, permaneceu.Dentro do parque funciona a Cerâmica Serra da Capivara. Criada pela Fumdham, a associação aprimorou as técnicas dos artesãos locais e criou a cerâmica de inspiração rupestre que se utiliza dos desenhos observados nas pedras para adornar as peças assim que saem dos fornos. A oficina emprega os moradores do entorno do parque e os produtos são comercializados em inúmeras capitais do país e do exterior (http://www.ceramicacapivara.com/ ).

domingo, 17 de janeiro de 2010

Em Napa Valley, região vinícola da California não faltam charme, conforto e bons vinhos


Napa Valley engloba cinco importantes cidades vinícolas: American Canyon, Calistoga, Santa Helena, City of Napa e Yountville. A região tem cerca de 150 vinícolas, segundo o Califórnia Wine Institute, e boa parte produz excelentes cabernet sauvignon, chardonnay, merlot e pinot noir. Apesar da fama dessas variedades, outros tipos de uva começam a ganhar espaço na região, como Cabernet Franc, Sangiovese, Sauvignon Blanc, Syrah e Zinfandel. Parte da fama da região pode ser creditada ao esforço de Robert Mondavi (1913-2008), responsável pelo incremento da vinicultura no norte do Estado da Califórnia. Sua vinícola é parada obrigatória para quem vai à região pela primeira vez. O tour oferecido pela Mondavi Winery é um dos mais educativos e refinados de Napa. Marinheiros de primeira viagem também devem visitar vinícolas históricas, como Christian Brothers e Beringer, que ostentam construções de pedra, incomum nos Estados Unidos. Visitantes de segunda viagem devem experimentar a rota Silverado Trail, que abriga vinícolas de alto padrão e é um bom refúgio para quem quer evitar o tráfego da highway 29, estrada que corta a região de Napa nas direções Norte e Sul.Iniciantes e iniciados em degustação de vinho não podem deixar de visitar a região de Carneros, que fica entre Napa e Sonoma e tem alguns dos melhores chardonnay e pinot noir da Califórnia. Também é ótima região para experimentar espumantes.
Quem quer fazer mais do que degustação deve visitar Calistoga, conhecida pelas "hot springs" (águas termais), spas, bons hotéis e restaurantes. Em Santa Helena, o "The Culinary Institute of America" tem um ótimo restaurante e uma carta de vinhos californianos com cerca de 500 rótulos. A casa oferece cursos de formação para sommelier e chefe de cozinha. Também há programas rápidos, de uma semana a um mês, de culinária e vinhos para leigos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aracaju é uma capital nordestina com variedade e bons preços


A capital sergipana não tem as praias mais badaladas do Nordeste, mas em compensação, capricha quando o assunto é variedade de passeios, infra-estrutura e preços - até mesmo na alta temporada os programas saem em conta. Com ruas limpas e arborizadas, a cidade tem como principal cartão-postal a orla de Atalaia, repleta de atrativos. Ao longo de seis quilômetros reúnem-se quiosques, calçadão, ciclovia, quadras poliesportivas, fontes luminosas e um oceanário que encanta crianças e adultos. Por lá fica a Passarela do Caranguejo, um trecho tomado por bares e restaurantes que servem o melhor da cozinha regional – frutos do mar, carne-de-sol, pirão-de-leite e, claro, caranguejo. A palavra festa, que tão bem rima com Nordeste, encontra sinônimo na capital de Sergipe. Realizado na segunda quinzena do mês de junho, o Forró Caju reúne milhares de turistas que chegam atraídos pelo maior evento da região.
Na cidade cenográfica montada na Praça dos Eventos, as animadas quadrilhas têm a atenção dividida com o som das sanfonas, zabumbas e triângulos; e com os cheiros de milho cozido e amendoim torrado que se espalham pelo ar. As tradições típicas são mantidas também nas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras, a menos de 30 quilômetros de Aracaju e que guardam jóias arquitetônicas coloniais, além de festivais folclóricos. Também nos arredores da capital fica um dos cenários mais bonitos do Estado - o cânion de Xingó, desbravado a bordo de escunas e catamarãs que cortam as águas verdes do rio São Francisco. Caso a vontade de mergulhar em um mar azul ainda persista, tome o rumo de Mangue Seco – o vilarejo baiano está a cerca de cem quilômetros de Aracaju.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tiradentes, típica cidade histórica mineira tem casarões, igrejas e ladeiras de pedra


Menos badalada do que Ouro Preto e São João Del Rei, mas tão charmosa quanto as vizinhas, Tiradentes é um exemplo de organização e preservação. Fundada em 1702 pelo inconfidente João de Siqueira Afonso, a pequena e pacata cidade mineira fica aos pés da serra de São José e tem um dos mais belos conjuntos arquitetônicos do país. Entre ruas e ladeiras de pedra iluminadas por lampiões, o visitante encontra sobrados coloridos, casarões do século 18 e pequenas igrejas barrocas. Tudo muito bem conservado e tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional). Tiradentes foi palco de importantes lutas do período da Inconfidência Mineira. É também a cidade natal de Joaquim José da Silva Xavier, o próprio Tiradentes, mártir e grande líder do movimento que acabou dando o nome do município.Algumas das maiores atrações turísticas de Tiradentes estão concentradas no centro histórico. Um passeio pela rua Direita, a principal da cidade, não deixa dúvidas de que beleza é o que não falta por ali. As construções do período colonial dão um ar cinematográfico ao município. Na região, não dá para deixar de parar no museu Padre Toledo e na igreja Nossa Senhora das Mercês.Saindo do centro histórico, a dica é subir a colina de Santo Antônio para conhecer a Matriz de Santo Antônio, uma das mais belas basílicas de Minas. Todos que visitam Tiradentes, independente de suas convicções religiosas, têm motivos para passar por ali, seja pela rica decoração da capela ou pela bela vista da cidade do topo do morro. Uma segunda colina que merece o esforço da caminhada é a de São Francisco de Paula, onde fica a igreja de São Francisco de Paula e de onde se tem a melhor visão panorâmica do município.Para viajar no tempo, pegue o trem maria fumaça e percorra os 12 km cheios de história que separam Tiradentes de São João Del Rei. Já para apreciar a natureza, aposte nas trilhas da serra de São José. Ali, o que se vê é uma exuberante flora, uma rica fauna e dezenas de cachoeiras e riachos.Como se não bastassem as atrações históricas e naturais, Tiradentes oferece uma infra-estrutura para turista nenhum botar defeito. A cidade é famosa pela boa gastronomia e por lá se encontram restaurantes dedicados às mais variadas cozinhas, tanto nacional, quanto internacional. A culinária no município é levada tão a sério que todo ano acontece por lá o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia.Tiradentes é uma cidade para curtir a calmaria. Para se deixar perder entre passeios históricos, culturais e naturais. E para, ao fim do dia, fazer uma boa refeição em um restaurante charmoso e de preço acessível. Aproveite!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Ilha de Páscoa, museu a céu aberto em pleno Pacífico Sul, é o lugar mais distante do planeta


Essa ilha está a 27°09' de latitude sul e a 109°26' de longitude oeste. Isso significa dizer que você está sobre o solo mais distante de qualquer lugar povoado do planeta, em pleno Oceano Pacífico, a 4.100 km do Taiti e a longos 3.700 km da costa da América do Sul. Ela está longe, mas não está sozinha.

A Ilha de Páscoa, cujo nome é uma referência ao domingo de Páscoa de 1722, em que foi (re)descoberta por navios ocidentais, é uma das três extremidades de um triângulo imaginário formado pela Nova Zelândia e pelo Havaí, ilhas localizadas na chamada Oceania Remota. Mais do que formar uma imensa área de milhões de quilômetros quadrados, esse conjunto de territórios distantes tem em comum a mesma origem polinésia e um certo gosto por histórias intrigantes.

E é ali, em Te Pito o Te Henua (no "umbigo do mundo", em língua rapa nui), que viajantes de bom gosto encontram os melhores e mais distantes mistérios de uma gente que decidiu ir longe para fincar, entre tantos outros enigmas, estátuas gigantes que parecem reverenciar seus criadores rapa nui.

Não há dúvidas de que essas belas esculturas feitas com rochas vulcânicas são o cartão postal mais divulgado de Páscoa. No entanto, as opções de atrações são tão variadas quanto os questionamentos formulados sobre essa pequena ilha de quase 170 km². As descobertas vão além dos olhares distantes dos moais.

A ilha é o topo de uma imensa cadeia rochosa que teria se formado há uns 3 milhões de anos e que se esconde a 3 mil metros no fundo do mar. Foi a partir de grandes explosões vulcânicas que surgiram lugares de beleza rara, em todo o mundo, como os vulcões Rano Kau e Rano Raraku.

É tanta energia concentrada em um pedaço tão pequeno de terra que até os polinésios vindos de rincões distantes escolheram aqueles lugares para seguirem seus rituais espirituais. E para apreciar esse cenário o esforço é mínimo, já que o ponto mais alto da ilha tem apenas 511 metros. Difícil mesmo é entender tanto mistério.
Sob aquelas pontas rochosas que um dia foram o berço de lavas quentes se escondem outro mistério de Páscoa: as cavernas subterrâneas interligadas por escuros e largos corredores naturais formados pela passagem, há milhões de anos, daqueles trabalhos vulcânicos. A princípio, entrar em uma delas pode parecer uma idéia amalucada de algum guia irresponsável. Mas quando os primeiros metros são ultrapassados, abrem-se amplos salões de pedras com janelões naturais com uma vista única do Pacífico.

A população rapa nui, que havia se multiplicado logo após a chegada dos primeiros habitantes na ilha, foi vítima de uma intensa escassez de alimentos em uma superfície com recursos limitados, dando origem a disputas internas que obrigaram muitos daqueles homens a se esconderem no interior dessas cavernas. E quem acaba ganhando nessa guerra é o visitante, que adiciona mais uma história no seu diário de bordo.

A controvertida trajetória de Rapa Nui, que em língua polinésia quer dizer "ilha grande", parece ter seu início com a chegada de um grupo proveniente da Polinésia com o objetivo de colonizar novas terras. Liderada pelo rei Hotu Matu'a, aquela gente teria chegado entre os séculos 4 e 8. Sua complexidade e organização deram origem, entre tantas outras histórias, a um dos mais intrigantes mistérios da ilha: os moais.

Primeiro, eram erguidos os ahus, as gigantes plataformas cerimoniais de pedra; e logo vinham as imensas estátuas com cabeças grandes e mãos sobre o corpo que eram encomendadas como homenagens aos chefes das tribos locais ou a ancestrais transformados em divindades. Acredita-se que essas construções aconteceram em três períodos: entre os anos 800 e 1000 d.C., entre 1000 e 1200 e, logo, entre 1200 e 1600, do qual pertencem a maioria dos moais encontrados, atualmente, em toda a ilha.

Mas como teriam chegado até ali aquelas imensas rochas vulcânicas talhadas de até 86 toneladas? Algumas pesquisas defendem a ideia de que eram transportadas sobre troncos que rolavam sobre o terreno irregular da ilha. Outras afirmam que estruturas feitas com pedras lisas ajudavam no transporte, assim como se movimentassem uma imensa geladeira. Mas a melhor das teorias é a que vem da tradição oral. Para ela, os moais, simplesmente, caminhavam.

Só mesmo o lugar mais distante do planeta para aproximar o mundo ocidental ao mais profundo da cultura polinésia.