terça-feira, 25 de agosto de 2009

Transbordando cultura e com um povo simpático, Montréal é uma das portas de entrada do Canadá


O Canadá reserva surpresas. Prepare-se para conhecer um país onde nada é igual e, para onde for o seu olhar, ele fará uma descoberta. De pequenos lugarejos a grandes prédios como os encontrados nas metrópoles; de lagos a perder de vista a regiões montanhosas. Um país que aceita dois grandes idiomas: o inglês e o francês. Mas não é só na língua que ele se diferencia, seu povo também é especial. Segundo maior país do mundo, o Canadá é composto pelas províncias de Alberta, Colúmbia Britânica, Ilha do Príncipe Eduardo, Manitoba, Novo Brunswick, Nova Escócia, Ontário, Quebec, Saskatchewan, Terra Nova e Labrador, Territórios do Noroeste, Yukon e Nunavut. Terra do povo Inuit, e de sua maioria descendentes ameríndios. País da folha de bordo (Maple Leaf) e dos esportes de inverno, o Canadá emociona não só com sua geografia, mas também com sua história. As terras da província de Quebec foram descoberta pelo francês Jacques Cartier, em 1534, logo batizado de Kébec (passagem estreita). Mais tarde, a província ficou conhecida como Nova França e logo após expandir-se, o rei do país cedeu o território ao controle britânico. O resultado disso foi uma migração em massa de ingleses, irlandeses e escoceses.Porém esse controle nunca foi aceito por completo pelos franceses. Ainda mais depois do discurso inflamado do então presidente da França, general Charles de Gaulle, em 1967. É comum andar pela província de Quebec e encontrar a expressão francesa em placas de carro "Je Me Souviens" (Eu me lembro, eu me recordo), representando a vontade do povo quebequenho em afirmar a história e a herança francesa na região. O sentimento separatista não foi embora com o passar dos anos. Prova disso foi o resultado do último plebiscito realizado em 1995, onde um pouco mais de 50% da população de Quebec quis permanecer parte do país chamado Canadá.



A maior cidade desta província, Montréal, é também a segunda mais populosa do país. Rodeada pelo rio São Lourenço, em seu centro é onde está localizado o "Monte Real". Dividida por ruas bem alinhadas, é fácil se orientar. O sul começa no rio São Lourenço, os números crescem quando se caminha rumo ao norte. O ponto que dividirá as ruas em leste e oeste será o boulevard St-Laurent.A parte mais antiga da cidade é chamada de Velha Montréal. É também onde encontra-se o porto. Ali, prédios históricos, bons restaurantes e passeios de bicicleta com a família fazem-se presentes. O downtown de Montréal traz também Chinatown e Little Italy, e é onde você poderá respirar mais aliviado, se sua situação ecônomica não permitir muita extravagância, e onde estão os museus da cidade. A região chamada Plateau (Planalto) é um dos lugares mais habitados de Montréal. Casas de estilo vitoriano, cafés, livrarias, galerias de arte e a universidade McGill colaboram para o clima boêmio desse bairro que se estende a dois outros: Mile-End e Outremont. Perfeito para um brunch no domingo. Mais afastada do centro estão as regiões de Cote-des-Neiges, que abriga o morro Monte Real, e Maisonneuve, onde se encontram os parques, como o Jardim Botânico.Prepare-se para andar. Não há como conhecer Montréal sem uma boa caminhada. Você descobrirá uma cidade cheia de história, com ruas de paralelepípedo, carruagens e muita cultura que transborda pelas ruas. Prepare-se para os mercados a céu aberto e a noite de Montréal. Organize também a sua dieta, pois alguns quilos você deve ganhar. E deixe que a beleza natural, a cultura do lugar e a simpatia desse povo invada seu coração.

sábado, 22 de agosto de 2009

Águas rasas, mansas e mornas dão um toque especial a essa tranqüila ilha da Bahia


No começo do mundo, uma ave de plumas brancas iniciou, partindo do centro do universo, uma jornada em busca de um paraíso para pousar. Depois de dias e noites voando, escolheu o litoral de uma terra imensa, onde caiu morta de cansaço. Suas asas transformaram-se em praias e, no lugar onde seu coração tocou o solo, abriu-se uma enorme depressão, invadida pelas águas. De seu sangue, formaram-se as 56 ilhas da maior e mais bela reentrância do país, a Baía de Todos os Santos, ou Kirymuré-Paraguaçu, segundo os primeiros habitantes da ilha de Itaparica, os índios tupinambás --essa história foi resgatada por um grupo de professores de escolas públicas da ilha de Itaparica.O próprio nome Itaparica vem do tupi. Significa "cerca de pedras", uma referência aos arrecifes de corais que bordejam a ilha e reduzem a força das ondas, o que explica porque suas praias têm águas rasas, mansas e mornas. Calmaria que faz desse pedaçinho de terra de 246 km2 bem preservado de mata atlântica, restingas e manguezais, um lugar bucólico, ideal para quem não quer fazer nada. É um verdadeiro convite ao ócio. A apenas 13 km de Salvador --menos de uma hora de travessia de lancha ou ferry boat -, a ilha de Itaparica é dividida em dois municípios: Itaparica, onde fica a antiga sede, e Vera Cruz, que emancipou-se em 1962 levando consigo a maior fatia-- exatos 211 km2, ou 87% do território.




O turista, que nada tem a ver com essa disputa, poderá desfrutar do que existe de melhor nos dois lados da "fronteira", mas irá notar com certo estranhamento que o nome Vera Cruz só existe nas placas de obras da prefeitura. Na boca do povo, o que vale é Mar Grande, localidade onde funciona a sede daquele município e espécie de centro nervoso da única estância hidromineral à beira-mar do país. Em Mar Grande é possível encontrar quase tudo o que existe numa grande cidade: lojas, supermercados, drogarias, restaurantes e uma gama de serviços que nem sempre estão disponíveis nas demais localidades da ilha. Enquanto a preguiça dá o tom na vizinhança, Mar Grande dorme tarde e acorda cedo: às 6h de um domingo já é possível circular pela praça central repleta de gente que aguardam uma das escunas que levam nativos e turistas para os passeios a outras ilhas da Baía de Todos os Santos, como Ilha de Maré e Ilha dos Frades. Ali mesmo na praça é possível fazer o desjejum com um bom mingau de tapioca, acompanhado de um pedaço de bolo de Carimã e cafezinho na tenda da Marizete.Quem quiser agitação deve atravessar a Baía de volta a Salvador. Na ilha de Itaparica os dias passam lentos, mas esta pasmaceira, que tanto irrita os habitantes dos grandes centros, orna perfeitamente com o astral da terra do escritor João Ubaldo Ribeiro. Embora haja transporte de vans para as principais localidades da ilha partindo de Mar Grande e de Itaparica, a melhor forma de conhecer o local é atravessando a Baía de Todos os Santos de carro, pelo ferry boat. Para evitar transtornos nas longas filas de espera que se formam no terminal marítimo de São Joaquim, em Salvador, o ideal é que o visitante faça a sua reserva com horário marcado com no mínimo duas semanas de antecedência. História da ilha Descoberta por Américo Vespúcio em 1501, Itaparica foi colonizada em 1560 pelos jesuítas, mas em 1510 já havia registrado a passagem do navegador português Diogo Álvaro Correia, o "Caramuru", que, ao casar-se com a princesa tupinambá "Paraguaçu", filha do cacique Taparica, formou a primeira família genuinamente brasileira.A posição estratégica e as belezas naturais transformaram a ilha em alvo de ataques dos corsários ingleses, ainda no século 16, e de invasões de holandeses, que chegaram a ali para se fixar entre os anos de 1600 e 1647, quando foram definitivamente expulsos pelos portugueses. Deste episódio foi erguido um dos mais belos monumentos de Itaparica, o Forte de São Lourenço, construído sobre as ruínas da fortaleza deixada pelos holandeses. É ali que funciona até hoje a única área de desmagnetização de navios do país.Bem próximo ao forte está o Solar do Rei, casarão construído em 1606 e que funcionou como sede da Casa do Contrato das Baleias. O Solar hospedou os imperadores D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

No inverno ou no verão, Aspen é um espetáculo para os olhos dos turistas endinheirados


Localizado no Estado do Colorado, Centro-Oeste dos EUA (Estados Unidos da América), Aspen é um dos mais visitados destinos de inverno do mundo e sinônimo de status e poder entre os norte-americanos. A cidade de 9,5 quilômetros quadrados tem pouco mais do que a metade da área da principal ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, no Nordeste brasileiro. Seria apenas um ponto no mapa não fosse a fama de suas montanhas, hotéis, lojas e restaurantes de luxo. Além da prática esportiva na neve, Aspen oferece opções de balonismo, ciclismo, camping, escaladas e alta gastronomia.Com apenas 6.000 habitantes permanentes, a cidade chega a abrigar 27.000 moradores na alta temporada de inverno - de dezembro a março. Durante o período, trabalhadores temporários de diversas nacionalidades e proprietários de imóveis no local misturam-se aos cerca de 250 mil turistas e esportistas que lotam resorts, condomínios e hotéis - dados da prefeitura em dezembro de 2008. Muitos vão para praticar esqui e snowboarding nas quatro principais montanhas da região - Snowmass, Buttermilk, Highlands e Aspen Mountain -, mas há também quem visite a cidade para experimentar os novos pratos dos restaurantes, para comprar artigos de grife ou para desfrutar de finais de semana românticos em chalés cobertos de neve.

Atualmente, Austrália, Brasil e Reino Unido lideram o ranking de visitantes estrangeiros em Aspen. Turistas deixam na cidade em média US$ 346 por dia. Diárias de resorts e hotéis chegam a custar US$ 3000, mas há também boas opções por cerca de US$ 120 por dia. Mochileiros não são comuns na cidade, mas grupos de jovens esportistas costumam se apinhar em condomínios pequenos à beira das montanhas. O transporte público é eficiente e cobre distâncias de até 30 km gratuitamente. Embaixadores do luxoLogo na chegada, no Aspen/Pitkin County Airport, senhores bem educados de meia-idade se apresentam como "embaixadores" da cidade e se oferecem para chamar táxis, encontrar acomodação e para dar informações gratuitamente. Eles são contratados pelas estações de esqui e têm a missão de dar tratamento "VIP" a todos. Não é à toa que cerca de 80% dos visitantes de Aspen nos últimos três anos voltaram à cidade, segundo informações da diretora de marketing de Aspen/Snowmass, Maureen Poschman.Os fãs da cidade vão desde crianças e adolescentes a casais em lua-de-mel, executivos no ápice da carreira e aposentados. A cidade tem atrativos para todos os gostos e idades. Na programação de inverno, encontram-se desde shows de rock gratuitos nas bases das montanhas a temporadas de ópera e concertos de música erudita no teatro. Para crianças que não querem esquiar, há opções de patinação e passeios de trenó. Nos arredores da cidade, hot springs (piscinas com águas termais) atraem famílias e casais.No verão, camping, balonismo, paragliding, ciclismo e trilhas pelas montanhas são opções que atraem outros 250 mil visitantes, segundo a prefeitura. Aspen/Snowmass tem cerca de 17 mil camas, cem restaurantes, 80 galerias de arte e 200 lojas. Anualmente, as montanhas da região recebem aproximadamente 500 mil turistas. Os moradores da cidade são cordiais e costumam ser prestativos com seus visitantes.

Noites animadas

A vida noturna de Aspen pode ser pacata ou animada. Quem manda é o freguês. Não chega a ter o agito de Nova York, mas está longe do marasmo das pequenas cidades norte-americanas. Com turistas de tantas nacionalidades diferentes, os restaurantes e bares lotam e acabam se rendendo aos costumes estrangeiros - servem jantares após as 21h e bebidas alcoólicas até as 2h. Uma noite típica em Aspen inclui jantar por volta das 19h, show até as 23h e drinques nos bares até as 2h. Tudo depende da energia e do bolso do turista.Os bares oferecem cardápios com tequilas, mojitos, capirinhas e drinques típicos de vários países. As cartas de vinhos oferecem produtos da França, Itália, Austrália, Nova Zelândia e, especialmente, das vinícolas da Califórnia. Nas mesas dos restaurantes, não falta caviar, trufas e foie gras.Com tanto requinte, não se pode estranhar os preços. Há poucos restaurantes baratos, que vendem pizzas, saladas, grelhados, fritas, sanduíches e sopas. Nesses locais, uma refeição custa cerca de US$ 20 por pessoa. Mais barato do que isso, só mesmo os sanduíches das lojas de conveniência ou das redes do tipo McDonald's. Nas casas mais sofisticadas de Aspen, com direito a chef de cozinha aclamado pela mídia, um jantar com entrada, prato principal, sobremesa e uma taça de vinho não sai por menos de US$ 100 por pessoa. Os preços de estacionamento, teleféricos e aulas de esqui tão pouco são baixos. Quem passa mais de cinco dias deve comprar pacotes que incluem aluguel de equipamentos, aulas e ingressos com desconto. É difícil visitar Aspen com um orçamento de menos de US$ 250 diários, por pessoa.Clima alpinoO clima de Aspen é típico de montanha, frio, ensolarado e com baixa umidade. No verão, a média é de 16 graus centígrados, mas pode chegar até 32 graus à tarde e cair para 10 graus à noite. No inverno, a média é de seis graus positivos, mas há dias em que chega a seis negativos, no centro da cidade. No topo das montanhas, a temperatura é ainda mais baixa.Quem visita Aspen não pode esquecer de levar casaco de nylon com capuz na bagagem. Além de proteger contra o vento e o frio, evita que os fios de cabelo congelem durante as tempestades de neve. Óculos de sol, luvas, cachecol e blusas de lã também não podem faltar. É importante beber muita água e usar filtro solar e hidratante labial todos os dias.Aspen foi reduto indígena por cerca de 800 anos, até que a riqueza mineral da região atraiu os primeiros mineradores e fazendeiros, em 1879. Era então conhecida como Roaring Fork Valley e somente ganhou o nome Aspen um ano depois.A chegada dos brancos ao local provocou conflito. Inicialmente, a comunidade indígena Ute aceitou a exploração da terra que habitava em troca de roupas e alimentos. Os problemas começaram quando fazendeiros tentaram fazê-los trabalhar nas terras. O conflito durou pouco, graças à intervenção do governo dos EUA. Costurou-se na década de 80 um acordo que transferiu os índios para uma reserva no Estado de Utah em troca de US$ 1.000 ao ano. O comércio próspero e a extração da prata levaram à expansão da cidade a partir da base da montanha. Em 1891, Aspen era a maior produtora do metal nos EUA. Com o declínio da prata no final do século, a cidade passou a ser alvo de investidores que viram nas montanhas da região potencial para a construção de um grande resort de esqui. Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, Friedl Fjeifer e Walter Paepcke decidiram fundar a Aspen Skiing Corporation, que começou a funcionar no ano seguinte. Na década de 50, a estação de esqui já era internacionalmente conhecida.


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Fortaleza tem belas praias, boa estrutura e vida noturna agitada


Fortaleza vem acumulando pontos entre os destinos prediletos do Nordeste graças à boa fama de sua vida noturna, animada de segunda a domingo. Mas os dias de sol escaldante não ficam atrás em atrativos, a começar pelo conforto das megabarracas da Praia do Futuro e pelo onipresente artesanato cearense."Dias de sol. Noites de som", atesta o slogan de uma famosa casa noturna. O turista dança forró, pagode e samba na companhia de centenas ou milhares de pessoas, ao ar livre e em ambientes fechados. A multidão móvel ajuda a esconder os passos desajeitados e abafa a timidez dos estreantes, se drinques como capetas e tangiroskas ainda não fizeram efeito.O clima festeiro e musical, portanto, pode ser comparado ao de Porto Seguro, outro pólo turístico. Só que Fortaleza é muitas vezes maior do que o balneário baiano: tem cerca de 2,4 milhões de habitantes, tráfego intenso, favelas nas redondezas e calçadões quilométricos na beira do mar, diante de hotéis e centros comerciais com dezenas de andares.Ainda que boa parte dos hotéis e restaurantes esteja concentrada entre as praias de Iracema, Meireles e Mucuripe, a poluição invariavelmente impede os banhos nesta região mais central do turismo. Quem quer se divertir na água o dia inteiro, sem riscos para a saúde, procura a Praia do Futuro e encontra por lá bônus de variada ordem.Nos últimos anos, algumas barracas de praia se transformaram em complexos de lazer. Foi-se o tempo em que conforto na beira-mar era ducha funcionando, cerveja gelada e sanduíche natural em caixa de isopor.
Na Praia do Futuro, a infra-estrutura pé na areia tem o requinte de salões de beleza com massagistas, lan houses e parques infantis. Sem contar os bares e restaurantes que servem lagostas e caranguejadas no capricho. A programação cultural ali inclui shows de música e humor nas noitadas diante das ondas.A rica paisagem de coqueiros, pontes, barcos, velas, bancos e faróis das praias mais urbanizadas merece ser desfrutada a partir do final da tarde. Em horário comercial, o asfalto de Fortaleza parece arder em brasas: carregue sempre protetor solar, chapéu e água. No início da noite, os calçadões das praias de Iracema e Meireles se enchem de moradores descontraídos, de abrigo e tênis, curtindo a brisa de casa com água de coco.O artesanato move o turismo e a economia do Ceará. A Central de Artesanato (CeArt) elenca dezenas de tipologias artesanais que caracterizam a produção das diferentes regiões do Estado. Na capital, nas feiras, lojas de shoppings, Mercado Central e Centro de Turismo, é possível comprar peças de bordados a mão ou a máquina, crochê, tecelagem, trançados, pinturas, objetos em couro, cerâmica, madeira e metal, flora regional, rendas de bilro, labirinto, filé e renascença. Entre outros.Na Praia de Iracema, uma grande escultura em ferro e fibra de vidro da heroína indígena de José de Alencar lembra que o Theatro José de Alencar também precisa ser visitado. As estruturas metálicas européias e os vitrais coloridos fazem de sua fachada um símbolo da cidade.De Fortaleza, de dia ou de noite, partem passeios para lugares míticos como Canoa Quebrada ou Jericoacoara. Em ambos dá para ver pequenas jangadas de pertinho e, com sorte, agendar um passeio. Nos livros escolares, as descrições de jangadas lembram embarcações resistentes, intrépidas, verdadeiros colossos enfrentando as ondas. Nas jangadas comuns dos pescadores cearenses, mal cabe um homem sentado.Pergunte a um jangadeiro o que ele faz quando aquele quadrado de troncos vira em alto mar, na madrugada, na escuridão, e sente na areia esperando por relatos de bravura, de afogamentos antológicos, de perda total de redes e peixes. A resposta virá sem qualquer traço de heroísmo, quase com indiferença, a mostrar que faz parte do trabalho cair da embarcação: "Eu desviro".

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Praia do Forte é local de resorts sofisticados, praias tranquilas e respeito à natureza


Parece improvável que um lugar possa reunir um ambiente bucólico e aconchegante para quem deseja relaxar, lojas de grife, campos de golfe e hotéis de luxo, ao mesmo tempo em que preserve a natureza com o devido respeito e atenção que ela merece. Mas um ponto assim existe, e no Brasil: a Praia do Forte. Não à toa a cidade é considerada a "Polinésia brasileira". Com 12 km de praias de areia branquíssima, águas límpidas e cristalinas, piscinas naturais e enormes coqueiros à beira mar, é quase a visão idealizada que se faz do arquipélago do Pacífico Sul. Mas ela está bem ali, a pouco mais de 50 quilômetros de Salvador.Muito antes de se tornar moda, a consciência ambiental e as "eco" construções já cresciam nesse refúgio baiano. E ao contrário das preocupações atuais, lá não se explorou para começar a preservar. O pensamento de que a natureza faz parte da vida cotidiana está enraizado no povo e sempre há de ser assim.



ONDE FICAR

O rústico e o luxuoso convivem harmonicamente, aliás, quem chega é que deve se ajustar às normas locais e não impor o progresso. As placas de madeira ou pedra e o chão de terra estão lá para mostrar que a pequena população, em grande parte de pescadores, apesar de ter adotado o turismo como meio de vida, não abre mão de permanecer simples.Foi na Praia do Forte que nasceu a primeira base do Projeto Tamar, em 1982. Hoje são mais de 22 unidades espalhadas pelo litoral brasileiro. E lá até hoje as tartarugas continuam se reproduzindo, com a ajuda de biólogos, da população e até dos resorts que são erguidos rente a praia, mas que jamais ousam adentrar o território dos quelônios. Outro reduto de preservação ambiental é a Reserva Ecológica Sapiranga, do outro lado da estrada. Apesar de ter litoral tranquilo, a Praia do Forte também recebe bem os adeptos de emoções mais intensas, como o rafting, tirolesa, passeios de quadriciclo e até o parasail - uma espécie de paraquedas puxado por uma lancha.Com belezas naturais de encher os olhos, os baianos da Praia do Forte só querem que as coisas continuem assim, do jeitinho que são. E só exigem dos turistas que apreciem, divulguem, e não levem de lá mais do que boas fotos e lembranças.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Porta de entrada para a Amazônia, Belém esbanja parques ecológicos e construções históricas que impressionam



Uma grande quantidade de edifícios em meio a rios, ilhotas e uma densa paisagem de mata amazônica: essa é a visão que se tem sobrevoando a maior metrópole e a segunda cidade mais populosa da região Norte. Sem dúvida, Belém é Amazônia, sim senhor. E sabendo-se Amazônia, fez vários investimentos nos últimos dez anos para receber uma leva de turistas brasileiros e estrangeiros interessados em conhecer a diversidade dos ecossistemas da região. Principal via de entrada para a floresta amazônica por conta de sua posição geográfica, a região metropolitana de Belém é formada por cinco municípios. Situada às margens do rio Guamá, na foz do rio Amazonas, a cidade nasceu no Forte do Presépio em 1616 por conta dos esforços das forças luso-espanholas em conquistar a região —sim luso-espanholas, pois Portugal nessa época estava sobre poder de Felipe 2º, rei da Espanha. Ali habitavam os tupinambás, que até chegaram a resistir com um "exército" de 10 mil índios e um líder: Guamiaba. Mas com sua morte em uma das batalhas, os tupinambás fugiram da região costeira, indo para o interior da Amazônia. A capital paraense foi também sede de uma forte comunidade jesuítica, até o Marquês de Pombal conseguir expulsá-los, em meados do século 18. Talvez a consciência religiosa de Belém venha já daí. A festa do Círio, o maior atrativo de pessoas à cidade e que acontece na segunda semana de outubro é a maior prova da fé característica do povo belenense, quando milhares de pessoas saem às ruas para pagar ou fazer promessas para a Virgem de Nazaré. Por estar distante dos núcleos de decisões do Nordeste e Sudeste brasileiros e por ter uma ligação mais forte com Portugal, a província do Grão-Pará só veio reconhecer a independência do Brasil um ano depois, em 15 de agosto de 1823. Foi palco também da Cabanagem, movimento de cunho altamente popular que conseguiu derrubar o governo local, durante os anos de 1835 e 1840. Mas a época mais importante em termos econômicos para Belém foi o ciclo da borracha, no final do século 19 e início do 20. Com o dinheiro que vinha da matéria-prima, a capital do Pará passou a importar costumes, mão-de-obra e investimentos estrangeiros. Famílias de franceses, portugueses e japoneses vieram residir na cidade, trazendo um pouco dos costumes da Belle Époque: a cidade passou a ser conhecida como Paris n´América. Datam dessa época diversas construções e palácios, como o Theatro da Paz (1878), o Palácio Antônio Lemos e o Mercado Ver-o-Peso. Por se situar próxima à floresta amazônica e na linha do Equador, Belém é quente e bastante úmida por conta das chuvas que caem quase todos os dias. Não é exagero a velha lenda que diz que o cidadão de Belém marca encontros com a referência de horário sendo "depois da chuva". BiodiversidadeAfora a parte histórica da cidade, Belém tem um circuito de ecoturismo bastante desenvolvido. O Parque Zoobotânico Emílio Goeldi, o mais tradicional de todos os que existem na capital, continua a ser fantástico não só como instituição científica, mas também por conseguir criar um pouco do ecossistema da Amazônia dentro de Belém. Além do Goeldi, há o Mangal das Garças, criado em 2005 e que reúne também um pouco da fauna amazônica, mas sem a densidade da mata, pois o seu ambiente é bem mais paisagístico e arquitetônico. Nem por isso deixa de ter sua importância, além de ser um passeio agradável e com uma vista interessante de cima dos 47 metros de altura do Farol de Belém. A 20 quilômetros da cidade, existe ainda o recém-criado Bioparque Amazônia, este sim mais espaçoso e com diversos ecossistemas diferenciados em toda a sua área. Se tiver tempo e disposição para conhecer o litoral do Pará, vai ter uma surpresa ao chegar à Ilha de Algodoal. O local reserva praias desertas e um ecossistema que mescla litoral com a natureza amazônica, sem falar nas dunas, lagoas e igarapés que existem na região. As quatro horas de viagem de ônibus até Marudá valem a pena. A começar pela viagem de barco para chegar à ilha (não há acesso para carros).

sábado, 1 de agosto de 2009

Polo cultural, Recife tem um dos melhores Carnavais do país




Esta cidade é a capital de Pernambuco, com muitos arranha - céus e avenidas modernas. Está atravessada pelos rios Beberibe e Capiberibe, que convivem com edifícios coloniais e becos tradicionais.Também é chamada a ¨Veneza do Brasil¨, devido a que seus canais e suas pontes estão sobre os rios Beberibe e Capiberibe.É comentado que esta cidade tem algumas semelhanças com Amsterdã. A cidade foi sede do governo entre os anos de 1630 e 1653, período em que o país foi dominado pela Holanda.A Recife antiga e histórica - com sua área urbana de mediados do século XVI e XVIII - é um patrimônio histórico e arquitetônico da cidade, herança que foi deixada pelos colonizadores portugueses e holandeses.O carnaval de rua de Recife está considerado como um dos melhores carnavais do Brasil. Esta festa, é comemorada durante 3 dias com ritmos e músicas típicas da região. Além disso, a cidade conta com uma infra - estrutura turística excelente. Das suas praias, a Praia da Boa Viagem é a mais destacada e freqüentada, devido às suas águas tranqüilas.


É interessante visitar:
Igreja de Santo Antônio (1606)
Igreja N.S. do Carmo, (1663)
Museu de Barro
Festival da Ciranda
Ilha de Itamaracá
Ruínas de Vila Velha e o Forte Orange
Parque Histórico de Guararapes.

Outra das atrações de Recife são suas belas praias, entre as que se destacam a Praia da Boa Viagem, com 7 quilômetros de extensão.Praia da Boa Viagem. Esta praia além de ser a mais freqüentada, é também a mais popular; é uma praia urbanizada que está localizada por toda a avenida da costa, e tem piscinas naturais com água azul que estão entre a areia e os recifes. Esta praia é um lugar ideal para o banho de mar. Para aquelas pessoas fanáticas pelo mergulho, a cidade oferece diferentes áreas de excursão no fundo do mar. Estas áreas tem piscinas naturais que estão distribuídas por toda a costa; além disso, tem também um parque com mais ou menos 30 barcos naufragados.Entre os lugares mais freqüentados para a prática do mergulho, se destacam os seguintes:



a) Areial São Martim Barco afundado na saída do Porto de Recife, com 12 metros de profundidade.

b) Pirapama Vapor de rodas afundado a 6 milhas do Porto de Recife, com 23 metros de profundidade.

c) Vapor 48 Vapor de rodas, naufragado a 48 metros de profundidade; está habitado por inumeráveis espécies marinhas.

d) Alfama de Lisboa Barco a vela português naufragado a 10 metros de profundidade.

e) B18 Avião que caiu no mar, logo após de uma decolagem com falhas.

f) Vapor Bahia Vapor de rodas, naufragado a 26 metros de profundidade. Está localizado a 12 milhas da Ilha de Itamaracá, e é habitado por inumeráveis espécies marinhas.

g) Vapor Flórida Vapor inglês que naufragou em 1910. Está a 31 metros de profundidade, a 12 milhas do Porto de Recife.


Carnaval de Recife

É conhecido e admirado no mundo todo, e atrai a milhões de turistas todos os anos. Os festejos do carnaval, começam uma semana antes da data oficial, com camarins móveis que estão montados em cima de caminhões que percorrem os bairros e as praias de Boa Viagem.Na sexta - feira, as pessoas saem nas ruas para dançar e se divertir ao ritmo do frevo, e para assistir aos espetáculos de dança dos grupos de maracatu, ciranda, afoxé, reggae e manguebeach.A data mais importante, é o sábado, já que mais de um milhão de pessoas dançam acompanhando a grupos como o Galo da Madrugada; e na madrugada de segunda - feira, se comemora a Noite dos Tambores Silenciosos, no Pátio do Terço. Bairro do Recife É a área onde nasceu a cidade de Recife, e é conhecida como o ¨Recife Antigo¨. Esta parte velha da cidade, é o ponto original da história da cidade. É interessante conhecer as construções centenárias de um grande valor arquitetônico incalculável. É interessante visitar no Bairro de Recife:



Sinagoga Kahal Zur Israel. (Século XVII).

Torre Malakoff. (Século XIX).

Forte de Brum. (1630).

Basílica e Convento N.S do Carmo

Capela Dourada

Catedral de São Pedro dos Clérigos. (1782).

Igreja de N.S do Rosário dos Homens Pretos

Museu do Homem do Nordeste

Instituto Ricardo Brennand

Museu da Cidade

Fundação Gilberto Freyre.