sábado, 26 de dezembro de 2009

Salvador recorda seus ancestrais africanos na comida, dança, música e fé


Salvador é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do mundo. Por isso, e por outra série de características singulares, tornou-se também um dos principais destinos turísticos internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro, a capital baiana é cenário e objeto de estudo de profissionais de diversas áreas, há muitos anos. Atrai ainda visitantes de todos os cantos, que chegam trazidos pela melhor propaganda que já inventaram: a que se difunde experimentalmente, a famosa propaganda “boca a boca”.

No entanto, ainda que o turista seja atraído à capital da alegria da forma mais natural possível, pela própria riqueza que nela está contida, entendemos que a atividade turística é de extrema importância, hoje, para a nossa gente. E, por isso, buscamos cada vez mais qualificar os nossos equipamentos, os nossos serviços, de forma a fazer com que a estadia em Salvador seja, de fato, inesquecível. E que, mais do que encher os olhos que de quem aqui vem, faça com que o turista volte. Sempre.


Queremos acolher, abraçar o nosso visitante, oferecer-lhe as melhores condições, os melhores passeios, os melhores restaurantes e hotéis, os melhores roteiros e a melhor viagem. Queremos que ele se surpreenda em cada esquina, com cada história. Queremos que ele registre tudo isso não apenas nas câmeras e nos livros; mas na sua memória, onde residem os registros mais valiosos.

Por isso investimos tanto na cidade. Por isso temos uma capital limpa, moderna, arborizada, confortável, gostosa de se ver e se viver. Trabalhamos para isso todos os dias do ano. Melhorar ainda mais um lugar que já é um grande presente naturalmente. Quem vem a Salvador pela primeira vez se encanta e quer voltar. Quem mora aqui é naturalmente encantado e dificilmente sai. Paraíso selvagem e metrópole moderna num único espaço. Salvador é tudo isso e muito mais.

Experimente. Só quem experimenta Salvador da Bahia sabe o gosto que essa terra tem e entende por que a capital baiana é um dos principais destinos turísticos do mundo... Saboreie todos os cantos e todos os temperos dessa Feliz Cidade. Bem vindos à Capital da Alegria! Bem vindos à Salvador da Bahia!

Fonte: Site do Bureau de Turismo de Salvador

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hotéis de luxo, mar azulzinho e noite agitada são as delícias de Cancún, balneário do México


Cancún é o principal destino turístico do México, país de 105 milhões de habitantes e berço de culturas ancestrais como a maia e a asteca. O balneário de hotéis luxuosos diante de um mar azul-turquesa fica na Península de Yucatán, a duas horas de vôo da capital, Cidade do México, e atrai multidões de norte-americanos sobretudo de novembro a março, a alta temporada.

De abril a junho os preços baixam, enquanto sobem a temperatura e a umidade do clima tropical. Em julho, volta a ser temporada de férias e de calor para turistas do hemisfério sul fugindo do inverno. Depois de agosto e até outubro, instala-se a temporada dos furacões.

A cidade está sendo reconstruída desde a devastação provocada pelo furacão Wilma, em outubro de 2005. Toneladas de areia branca e milhares de palmeiras foram injetadas na orla, que se estende por cerca de 20 km da famosa Zona Hotelera, onde se concentram centenas de opções de hospedagem e diversão.

Cancún tem a vida noturna mais animada do país. Se em paraísos como Aruba a noite conta com comportados freqüentadores de cassinos e boêmios para quem a maior contravenção é mergulhar numa Piña Colada gigante, na cidade mexicana a excitação costuma subir para dançar nas mesas, em casas de show com múltiplos ambientes, com ou sem participação especial de drag queens e strippers. É outro nível.

Contribui para a descontração a qualidade do catálogo de tequilas servido nos bares e restaurantes.

Mar agitado e sítios arqueológicos

O mar nem sempre está para banhistas em Cancún. No lado caribenho da orla, do km 10 ao km 20 do Boulevard Kukulkán, fortes correntezas, anunciadas por bandeiras coloridas, podem proibir a entrada na água. Se nadar e mergulhar de snorkel são programas básicos das férias escolhidas, em especial para famílias com crianças, então é melhor optar pelos hotéis próximos às praias da Bahía de Mujeres, como Tortugas e Langosta.

A prática de esportes aquáticos (jet ski, parasail, caiaque) também ocupa as imensas lagoas que desenham a cidade dividida em El Centro e Zona Hotelera. E a adrenalina de nadar com golfinhos ou mergulhar desde cinco metros de altura avança até os grandes parques aquáticos distantes do balneário, como Xcaret, Xel-Há e Garrafón, este na vizinha Isla Mujeres.

Além da vida noturna digna de nota, duas qualidades somam pontos para Cancún na comparação com destinos em que o forte é o relax na praia em verão prolongado: a proximidade de sítios arqueológicos importantes e a gastronomia mexicana.

Os maias, uma das civilizações pré-hispânicas, deixaram obras monumentais na arquitetura e na astronomia. A cultura floresceu em Yucatán dos anos 100 ao 1000 da era cristã. A cidade de Chichén Itzá teria sido abandonada no século 13. Descobertas por europeus no século 19, as ruínas chegam a receber cerca de 90 mil visitantes por mês, graças ao fascínio exercido por construções como a pirâmide El Castillo, o Templo de los Guerreros e o observatório El Caracol.

Genial e duradoura, a engenharia ancestral concebeu efeitos especiais de som e de luz, ainda comprováveis. Chichén Itzá é um passeio obrigatório.


Milho, feijão, pimenta, chocolate

De sabores intensos, erguida sobre o poder do milho, do feijão e do chile (fruto da pimenta), a comida mexicana tem fãs no mundo inteiro. O México continua sendo o melhor lugar para conhecê-la.

O chocolate, por exemplo, "bebida dos deuses", enobrece o mole a Poblana, na companhia de frango, pimentão, tomate, nozes, cravo, alho e pimenta. Desde cedo no dia aprende-se a diferenciar salsa (molho mais líquido) de mole (tipo de creme), já que o café da manhã pode incluir um picante molho de tomate sobre huevos (ovos) rancheros.

As raízes indígenas estão por toda a parte, da barbacoa (carne preparada em buraco na terra, por vezes envolta em folhas de bananeira) ao picadinho de cacto.

Em Cancún, a cozinha regional tem seus melhores restaurantes localizados em El Centro. Pratos rápidos como tacos dorados, gorditas, quesadillas, burritos e panuchos estão por toda a parte. Cuidado com os temperos: a Península de Yucatán ganhou fama pela potência de seu chili habanero. Quando a sede apertar, as típicas aguas frescas servem de amparo, em sabores como tamarindo ou hibisco.

Tradição e religião

A primeira universidade do Novo Mundo começou a funcionar no México em 1553, três décadas depois de o espanhol Hernán Cortés e seus homens terem derrubado a portentosa cidade asteca de Tenochtitlán. As lutas de independência contra a Coroa espanhola se iniciaram em 1810.

Em meio a ondas de violência, golpes militares e contra-golpes no governo, no século 20, a população nativa, ávida por reforma agrária, apoiou líderes como Emiliano Zapata e Pancho Villa, ambos assassinados, respectivamente em 1919 e 1923.

Mesmo que Cancún seja um pólo turístico modelado ao gosto dos fregueses do exterior, com seus campos de golfe, parques aquáticos e pistas de dança hi-tech, ela integra uma cultura latina bastante complexa, rica em tradições e religiosidade. Há ilhas no Caribe onde o visitante nunca sabe direito se está num posto avançado da Holanda, da França ou dos Estados Unidos.

Cancún é mexicana, lá se fala espanhol. E uma comunidade que consegue transformar a dor pelo Dia dos Mortos em cores e celebração merece o mais profundo respeito.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Praia da Pipa se entregou ao desenvolvimento, mas natureza ainda é sua riqueza


Aliar turismo ecológico a investimentos em infra-estrutura hoteleira. Talvez este seja um dos desafios maiores para Pipa, distrito de Tibau do Sul, município localizado a 85 km ao sul de Natal, no Rio Grande do Norte. Local de passagem de tartarugas marinhas e golfinhos e dona de uma beleza natural singular, a praia se transformou nos últimos 20 anos, deixando de ser apenas uma vila de pescadores para dar lugar a um dos maiores atrativos turísticos do Nordeste, recebendo visitantes nacionais, da Europa e do resto da América Latina.Sem dúvida, Pipa deixou de ser aquela praia tipicamente nordestina das décadas de 1970 e 1980. Naquela época, o argumento ecológico de surfistas e ambientalistas era de ojeriza ao desenvolvimento, mesmo que sustentado. A idéia hedonista era curtir a beleza natural de praia semivirgem com a simplicidade de pousadas rústicas ou em casas de pescador, sem querer levar a modernidade e a parafernália da cidade grande para o local. Hoje em dia, o argumento ecológico ainda existe. Mas o desenvolvimento não pôde ser evitado. Europeus -principalmente de Portugal, Espanha, França e Itália-, uruguaios e argentinos montaram seus negócios em Pipa, além de brasileiros de vários cantos. Apesar do inconveniente que isto possa parecer aos mais puristas, Pipa tem conseguido preservar o seu maior patrimônio: a natureza. Suas praias com falésias acabam ficando protegidas de um viés privado: tal característica impede de certa forma a extensão dos empreendimentos até a praia, apesar de isso já acontecer em alguns lugares. A beleza de suas águas, a presença de golfinhos e tartarugas marinhas -estas vêm botar seus ovos em praias mais desertas- e o clima bastante agradável ainda são os itens mais importantes e é o que chama mais a atenção dos visitantes. Lógico que há uma série de restrições ambientais -que nem sempre são obedecidas, principalmente relativas à especulação imobiliária- tanto para quem quer montar seu negócio como para quem está de passagem. Mas elas nem chegam perto da rigidez de outros picos do Brasil, como Fernando de Noronha.
No entanto, parece existir a consciência que é preciso preservar ao máximo aquilo que traz dinheiro aos empresários do local: a riqueza natural.O que mais atrai a atenção do turista são as praias da região. Tem para todos os gostos: a da Mina (deserta, onde tartarugas botam seus ovos), do Madeiro (boa para surfe e para observar golfinhos), enseada dos Golfinhos (sua geografia é algo fabuloso), além da de Tibau do Sul e da lagoa Guaraíras. Outro destaque local é o Santuário Ecológico da Pipa, uma reserva florestal, que abriga, entre outras coisas, uma pequena cabana do Projeto Tamar. Já a gastronomia de Pipa reflete, com sua diversidade, o que é o local hoje em dia, oferecendo cozinha francesa, italiana, japonesa e portuguesa, além de creperias e parrilladas. Mas o regional não ficou de lado. A carne-de-sol ainda impera como comida tradicional. No meio de tantos restaurantes, é natural surgirem verdadeiras obras-primas da cozinha contemporânea. É o caso dos restaurantes Tapas e Camamo. Ambos possuem filosofia própria, desde a forma de servir até as receitas. Outro sinal de que a gastronomia se transformou em algo atrativo e lucrativo é o Festival Gastronômico da Pipa, que acontece geralmente nas duas primeiras semanas de outubro, oferecendo palestras e cursos ligados ao assunto, além de shows musicais. Diz a lenda que piratas portugueses vinham ao Brasil atrás da madeira nobre e do pau-brasil e atracavam na praia do Madeiro. Ali, acabaram tomando como referência geográfica uma pedra que fica logo abaixo de onde hoje é o Chapadão. Achavam que ela tinha um formato de barril de bebida, que em Portugal é denominado pipa. E assim ficou o nome. Bem mais tarde, entre as décadas de 1970 e 1980, surfistas e hippies começaram a desbravar diversos picos de surfe e chamaram a atenção para a bela natureza que existia ali. Hoje, Pipa faz parte de alguns circuitos do esporte, que acontecem na praia dos Afogados.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Capital do império americano, Washington DC é também a capital de museus, memoriais e diversão


Washington DC é uma metrópole de 570 mil habitantes empolgante e sofisticada. Todo ano, a cidade planejada em 1790 por George Washington para ser sede do governo dos Estados Unidos atrai milhares de turistas dos quatro cantos do mundo para seus inúmeros museus, monumentos, memoriais e parques. Quando se chega a Washington é quase impossível não se impressionar com a grandiosidade de seus edifícios públicos. Também é difícil não sentir uma ponta de familiaridade ao ver de perto a Casa Branca, o Capitólio ou Lincoln Memorial, afinal, quantas vezes esses lugares já não serviram de pano de fundo para filmes, seriados, noticiários e fotografias? Não há como negar, a cidade faz parte do inconsciente coletivo da humanidade.
Arte UOLMas não é só de política que vive a capital americana. Washington é um destino que celebra a arte. À beira do rio Potomac, é dona do maior complexo de museus do mundo, o Smithsonian Institute. Com mais de 142 milhões de artefatos, o instituto serve como centro de pesquisa e tem 9 (são 19 no total) de seus museus e galerias localizados no parque mais famoso da cidade, o National Mall. Além disso, teatros badalados, clubes dedicados ao jazz, restaurantes, cafés e bistrôs charmosos tornam Washington um lugar interessante até mesmo para quem não suporta o exacerbado patriotismo americano.Fácil de ser percorrida, Washington tem estações de metrô perto de seus principais pontos turísticos. A cidade de largas avenidas é conhecida também por ter uma agitada e diversificada vida noturna. Os turistas e os nativos fazem a festa nos pubs, bares, boates e casas de show espalhadas pela capital. Como dá para ver, a seriedade da política fica restrita aos arredores da Casa Branca, e o que não falta é opção de lugar para se divertir na capital, de dia ou de noite.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Urbana, Ilha de Itamaracá conserva belezas naturais intocadas e forte holandês


Itamaracá é um destino de indicações simples. O melhor da gastronomia local se produz nas barracas ao longo das praias. Grupos de axé e pagode costumam se apresentar na ilha durante o verão, quando milhares de adolescentes também tomam conta da praça central da cidade. No Carnaval, os trios-elétricos invadem o lugar. Mas o grande ícone cultural da ilha ainda é a rainha da ciranda, dona Lia de Itamaracá. O Forte Orange, construção holandesa de 1631, guarda o registro das lutas entre portugueses e flamengos pela região que prosperava no plantio de açúcar e no escoamento de Pau-Brasil. Esverdeado, o mar que contorna a ilha tem sargaço. Já no grande banco de areia da Coroa do Avião, as águas são azuis e sem algas flutuantes. Na praia do Sossego, piscinas naturais proporcionam deliciosos banhos. A ilha abriga ainda o Centro de Preservação do Peixe-Boi Marinho, aberto para visitantes, que podem ver os dóceis bichos antes deles serem devolvidos ao seu habitat natural.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Las Vegas a Cidade do Pecado é marcada por cassinos luxuosos e casamentos de última hora


Localizada no meio do nada, no deserto de Clark County, no Estado de Nevada, Las Vegas gosta de tomar para si o título de "Capital Mundial do Entretenimento". Pretensões à parte, o rótulo não é à toa: diversão é o que não falta para quem passa por lá. Famosa por seus luxuosos cassinos e hotéis, a cidade possui várias opções de entretenimento a preços acessíveis para seus visitantes - tudo isso sem contar a possibilidade de se tirar a sorte grande e voltar para casa com dinheiro extra.Logo na chegada já se percebe que Las Vegas não é uma cidade como as outras. As salas de embarque e desembarque do McCarran International Airport, por exemplo, possuem as célebres máquinas de caça-níquel para os passageiros que aguardam seus voos. Las Vegas também recebeu o apropriado apelido de "Cidade do Pecado" por causa de suas infinitas tentações. Grande parte dos outdoors e propagandas é direcionada para serviços de acompanhantes, prostitutas ou clube de cavalheiros. Por toda a Las Vegas Boulevard - a principal avenida da cidade, mais conhecida como "The Strip" -, e em plena luz do dia, homens distribuem folhetos com fotos de garotas em poses provocantes. E é justamente na Strip em que se concentra toda a diversão: é lá que estão instalados todos os grandes hotéis e cassinos.
No começo da avenida estão o Luxor, Excalibur, Tropicana, New York New York e o MGM Grand. Depois, seguem o Monte Carlo, Paris, Bally's, Bellagio, Caesars Palace, Flamingo, Mirage e Wynn. Depois de todos estes está o Stratosphere, que marca o fim dos grandes hotéis e cassinos da Las Vegas Boulevard. Cada um desses estabelecimentos oferece diferentes pacotes para seus hóspedes, que podem conseguir excelentes preços caso fiquem na cidade de segunda-feira a quinta-feira, período em que as diárias dos hotéis dificilmente passam de US$ 100. Os serviços disponíveis variam desde spa até ingressos para os melhores espetáculos em cartaz na cidade - alguns deles com temporadas fixas em teatros dentro dos próprios hotéis. Dessa maneira, é possível assistir a um show do Cirque du Soleil sem ter de deixar o local onde você está hospedado. Aliás, é esse mesmo o objetivo dos hotéis: manter seus hóspedes e visitantes dentro de suas instalações o maior tempo possível. É importante escolher um bom hotel para relaxar, pois andar por Las Vegas não é tarefa fácil. O forte calor e ar seco dificultam a locomoção a pé dos turistas. No verão é comum ver os termômetros ultrapassarem os 40º C. Assim, os hotéis apostam no luxo para manter seus clientes ainda mais perto, satisfeitos e gastando mais. Tudo sem colocar o pé na rua.Prepare a mala com roupas leves e um porta-moedas: ele será fundamental na hora de chegar ao cassino. Afinal, quem sabe? Basta um pouco de sorte para que você se torne um milionário. Seja nas máquinas de caça-níquel, numa mesa de Black Jack ou arriscando tudo em uma mão de pôquer. Dados e roletas também podem ajudar qualquer um a sair de Las Vegas muito mais rico do que quando chegou.Só tome cuidado para não exagerar na comemoração e acordar com ressaca e casado, um dos clichês pelos quais Las Vegas é conhecida. Ao longo da Strip, e em muitos hotéis, o que não faltam são capelas que oferecem cerimônias-relâmpago para os mais apressados. A mais famosa delas, a Little White Wedding Chapel, é o destino de muitos casais, alguns sóbrios, outros não, que acabam casando sem saber ao certo como tudo ocorreu. Loucuras como essa são responsáveis pelo código de conduta mais repetido em todos os cantos da cidade: "O que acontece em Vegas, fica em Vegas".

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Menina-dos-olhos da Austrália, Sydney é vibrante, tem belas praias e um povo pra lá de hospitaleiro


Principal destino turístico da Austrália, Sydney é dinâmica, cosmopolita e elegante. A cidade mais famosa do país é também multicultural, carrega um quê de Europa, com uma pitada de Brasil e um pouco de Estados Unidos. Isso para citar apenas três influências. Não é à toa que a capital do Estado de New South Wales é um dos lugares que atrai mais imigrantes no mundo. Em Sydney, a vida ao ar livre é levada a sério. A cidade é conhecida por cultuar corpos sarados e bronzeados e por ser meca de surfistas. Nas 40 praias da baía perfeitamente recortada, turistas e sydneysiders, como são conhecidos os moradores de lá, disputam um espaço na areia e um lugar ao sol. Os pontos preferidos para se jogar ao mar são Bondi Beach e Manly, ao norte de Sydney, onde só é possível chegar de balsa, em uma travessia com uma vista de tirar o fôlego.
Saindo das praias, mas ainda na baía, o porto de Darling Harbour é o lugar onde ferve o agito turístico. É dali que se entra para o centro nervoso da cidade, o chamado Central Business District, ou CBD, onde uns poucos arranha-céus cortam largas avenidas. A região guarda os principais hotéis, restaurantes e bancos locais, além dos dois maiores cartões-postais da cidade, a Harbour Bridge e a Sydney Opera House. Passeios não faltam. Diversão e hospitalidade australianaNão é só de belezas naturais e construções grandiosas que vive a fama de Sydney. A cidade australiana tem um povo caloroso e uma atmosfera bastante amigável. Os sydneysiders são desencanados e quase sempre estão prontos para ajudar. A presença dos imigrantes, muitos deles brasileiros, também ajuda -não é difícil cruzar com alguém falando português pelas ruas de Bondi Beach, por exemplo. Para as horas de diversão e relaxamento, bares, baladas, pubs e restaurantes de todos os tipos e para todos os gostos fazem a cabeça dos viajantes. Entre as festas mais famosas de Sydney, está o Réveillon à beira da baía. Assim como no Rio de Janeiro, há uma enorme queima de fogos que costuma atrair milhões de moradores e turistas do mundo inteiro.Sydney é uma metrópole de muitas facetas, que nada deixa a dever as outras grandes cidades do mundo, como Nova York, Londres ou Paris. A distância é inegável, a cidade fica quase do outro lado do planeta, mas do que isso importa quando os encantos também são indiscutíveis?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apesar da onda de violência, turistas pagam para visitar favelas no Rio




Os "gringos", porém, não estão nem aí. Munidos de filmadoras e câmeras digitais, eles querem registrar algo que inexiste em seus países. A van de uma das empresas que organiza incursões por favelas do Rio os recolhe, em uma manhã ensolarada de domingo, na frente do Copacabana Palace. São europeus, norte-americanos e australianos. O destino do passeio? A comunidade da Rocinha. "Estamos indo a um lugar que muitos brasileiros consideram proibido", explica, em inglês, o guia Everaldo Costa, enquanto o veículo passa ao lado dos suntuosos edifícios da Gávea. "Alguns bairros da cidade têm padrões de vida com nível de primeiro mundo. Na Rocinha, a realidade é africana". A estrada serpenteia morro acima. Alguns metros antes do começo da favela, belas mansões ainda dominam o cenário. Mas a paisagem muda em segundos: "Agora estamos saindo do Canadá e entrando em Gana", compara Everaldo, quando a van cruza a fronteira entre dois mundos. Muitos moradores do bairro de São Conrado, vizinho da Rocinha, pagam o mais caro IPTU do Rio de Janeiro.



Na entrada da favela, uma montanha de lixo dá as boas-vindas aos turistas (dois caminhões coletores da prefeitura trabalham no local, mas parecem pequenos à sombra de tantos detritos). O mau cheiro avança para dentro do veículo. Todos descem em um lindo mirante que existe na Estrada da Gávea, já dentro da Rocinha. O Pão de Açúcar, o Corcovado e a lagoa Rodrigo de Freitas se unem em uma visão sublime, lá embaixo. O paisagista estadunidense Eric Papetti dá as costas à cidade maravilhosa e desenha, em seu caderno, as casas amontoadas umas sobre as outras que se estendem pelo morro. Dois moradores da favela, Reginaldo Teixeira e Adriano da Silva, tentam vender aos turistas, por R$ 35, pinturas de arte naïf, feitas por eles mesmos em pequenos quadros. Adriano, que tem apenas 17 anos, afirma lucrar com o "Favela Tour" até mil reais por mês. Reginaldo, por sua vez, diz que tal trabalho o mantém "afastado do crime". Nem tudo, porém, é bom agouro. O guia Everaldo Costa avisa, enfático: "Não tirem fotos de ninguém nem das vielas. Pode haver traficantes por ali", e chama a atenção de um dos turistas que insiste em apontar sua filmadora para todos os lados. Moto-taxistas (uma atividade não permitida no Rio de Janeiro, mas que funciona a pleno vapor dentro das favelas) cruzam alucinados, e sem capacete, as vias locais. Na vitrine de uma loja de caixões, um letreiro diz, tal qual uma promoção das Casas Bahia: "Funeral a partir de R$ 499". E pendurada em um poste cheio de ligações elétricas irregulares e dispositivos de internet banda-larga, uma placa informa: "Só Jesus livra do crack". A turista alemã Nina Gessner relata que já fez uma excursão parecida na Namíbia. Mas, mesmo assim, confessou que "sentiu-se culpada antes de fazer esse passeio no Rio". "Pensei que poderia parecer uma excursão ao zoológico, ficar observando a pobreza. Mas acho que é importante para conhecer o verdadeiro Brasil", opina ela. E a Rocinha, parte de um país famoso por seus contrastes, logo se transforma. O grupo entra na rua conhecida como Caminho do Boiadeiro, onde há uma animada e colorida feira dominical. Jovens anunciam CD's piratas e frutas de todos os tipos são vendidas a baixos preços. O aroma do lugar é doce, assim como o caldo da cana vendido a R$ 1,50 dentro de Kombis. Os turistas, perscrutados com curiosidade por alguns dos moradores, ficam interessados na barraca das jabuticabas. Ao fundo, dois violeiros tocam músicas nordestinas, odes ao Brasil e, é lógico, à Rocinha.


Verdade inconveniente x exploração da pobreza
O "Favela Tour" é um passeio requisitado. O fluminense Marcelo Armstrong, que se diz o precursor da atividade no país, conta que sua empresa atende, por mês, cerca de 900 turistas (cobra R$ 65 de cada um) e nega que a iniciativa explore a pobreza alheia: "Nosso objetivo é mostrar ao turista a realidade social do Brasil, que favela não é só violência". Segundo ele, parte do dinheiro arrecadado é repassado à ONG Para Ti, que dá educação a crianças e adolescentes da comunidade Vila Canoas. "Investimos R$ 46 mil na Para Ti em 2008". E continua: "Além do ganho financeiro, existe o benefício da mudança de imagem da favela, toca na auto-estima do morador". Mas o próprio Armstrong admite: "Quem faz a segurança dos turistas na favela não é a polícia, são os traficantes". Os estrangeiros querem saciar sua curiosidade sobre a miséria brasileira - e pagam para isso. E o "Favela Tour" não pode ser acusado de esconder as mazelas do país. Todas as explicações dadas aos visitantes são realistas: há a admissão de que o tráfico ocupa o lugar do poder público no controle das favelas do Rio (existem aproximadamente mil delas na cidade, onde vive 20% da população local), mas há a constatação de que apenas uma minoria desses moradores são bandidos. Trata-se de uma experiência verdadeira, sem dúvida. Só resta saber se os turistas voltarão para casa com um grande aprendizado ou com apenas um divertido filme de safári em mãos.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sagrada para tantas religiões, Jerusalém tem um lado moderno e laico que pouca gente conhece


A cidade sagrada para as três principais religiões monoteístas do mundo pode criar um efeito que já foi diagnosticado pela psiquiatria: a Síndrome de Jerusalém, que faz com que alguns visitantes subitamente passem a agir como se fossem reencarnações de São João Batista, por exemplo. Mas a grande maioria dos turistas tende a apenas ficar atônito diante da beleza de suas pedras douradas refletidas ao pôr do sol, da religiosidade e, por que não dizer, tensão política, que emanam de seus cerca de quatro mil anos de história.Há duas "Jerusaléns" dentro da cidade. A chamada "Cidade Velha", cujos limites são as muralhas e a "Cidade Nova", a parte de fora, que, no entanto, conta com alguns sítios históricos tão ou mais antigos que os compreendidos dentro da muralha. A Jerusalém da época do Rei David - hoje escavações que podem ser visitadas -, por exemplo, estão fora das muralhas. Alguns dos locais mais sagrados para o Cristianismo, como o Jardim das Oliveiras, também.Ocupando uma área de apenas um quilômetro quadrado, a Cidade Velha é dividida em quatro bairros - o Judaico, Muçulmano, Cristão e Armênio. No limite entre o quarteirão Judaico e o Muçulmano estão os lugares mais sagrados para cada um deles: o Muro das Lamentações e a Mesquita do Domo da Rocha, respectivamente. O local mais santo para o Cristianismo, a Via Sacra, com todas as suas estações, culminando no Santo Sepulcro, está espalhada entre os blocos Muçulmano e Cristão.


Todo esse caldeirão cultural torna a Cidade Velha uma verdadeira sopa de credos e costumes. Em vários pontos, a Via Sacra coincide com os souks - as ruas de comércio árabes --, de modo que cristãos de diversas linhas andam por entre lojinhas repletas de badulaques e cruzam com árabes, judeus ortodoxos e soldados israelenses carregando seus fuzis. Uma situação que pode parecer tensa, mas é só um dia normal no lugar mais peculiar do mundo.Uma cidade modernaClaro que visitar Jerusalém significa um mergulho no passado. Mas há também a parte moderna e laica dessa cidade de 700 mil habitantes - quase 10% da população do país - e que foi declarada capital em 1950. Principalmente no verão, os bares no centro da parte nova da cidade ficam cheios de jovens. E lugares como a Antiga Estação de Trem são boas pedidas para continuar a noite num país que é conhecido pelas baladas de música eletrônica. Nesse ponto, Jerusalém é bem menos animada que Tel Aviv, mas há onde sair.Outra coisa que você vai ter que fazer aqui é se embrenhar nos museus. Jerusalém tem alguns dos mais tecnológicos do mundo. O Yad Vashem ou Museu do Holocausto é muito triste, mas uma atração quase obrigatória. O Museu de Israel mostra um lado moderno e alto-astral do país. Aqui, até hospital pode virar atração turística. O Hadassah guarda as Janelas de Chagall, coleção de vitrais do artista russo. Jerusalém está bem no meio do país, o que a torna uma boa base para conhecer ao redor. A capital econômica do país, Tel Aviv, está a apenas uma hora em direção ao litoral. O Mar Morto fica a menos de duas horas. E Eilat, a cidade de veraneio às margens do Mar Vermelho, no extremo sul do país, pode ser alcançada a apenas quatro horas de automóvel.A uma altitude de 750 metros e com baixa umidade relativa do ar, mesmo no verão as noites de Jerusalém são frescas. No inverno - entre novembro e março - espere pegar um frio razoável, mas que dificilmente ultrapassa o zero grau. Mesmo assim, muita gente prefere visitar a cidade nesta época do ano, já que os preços de hotéis caem bastante. No alto verão - julho e agosto - tudo fica bastante tumultuado e caro. Fique atento também aos feriados religiosos judaicos, que, por seguirem o calendário lunar, mudam a cada ano. O site http://www.ou.org/ lista todos.

domingo, 18 de outubro de 2009

Cultura, entretenimento e boa comida são alguns dos inúmeros atrativos de 'Sampa'


É impossível não se surpreender com uma cidade que abriga mais de 10 milhões de habitantes. A 'Terra da Garoa', como foi carinhosamente apelidada, é uma cidade de incontáveis opções. Tantas são elas que parece haver uma para cada pessoa que descobre essa gigante e que, aos poucos, por São Paulo vai se apaixonando.Muito além de ser somente um centro financeiro, a capital paulista recebe visitantes não apenas a negócios. Com particularidades que a equiparam às mais importantes metrópoles do mundo, São Paulo é um verdadeiro banquete para todo amante de eventos culturais, boa música, arte, gastronomia e, até mesmo, para aquele que só quer aproveitar o fim de tarde e contemplar o pôr do sol sob a sombra de uma árvore.Conhecer a São Paulo do Brás, do Bixiga; a São Paulo do passeio a pé na Paulista; dos barzinhos da Vila Madalena; a São Paulo das feiras de rua; do centro, Anhangabaú, Sé e suas histórias; a São Paulo do 'Ibira'; do café da manhã na 'padoca'. Conhecer essa São Paulo dos paulistanos da Mooca deveria ser obrigação de todo viajante brasileiro ou estrangeiro para que, no período de uma visita à capital, tenha uma aula de como é possível juntar tanta gente diferente, única e interessante e que tem orgulho de dizer que mora aqui. São Paulo é uma verdadeira aula de Brasil.


Gastronomia, arte e vida noturna

Está à procura de um restaurante tailandês, indiano ou marroquino? Aqui tem. São Paulo possui cerca 12,5 mil restaurantes, de 52 tipos e etnias. Dos tradicionais bairros Bixiga, com sua comida italiana; Liberdade, reduto da colônia japonesa na cidade; às preferências gastronômicas 'alternativas', é possível encontrar os melhores locais para os amantes da boa mesa.Aqui também estão as obras de arte mais importantes do Brasil. Masp, Pinacoteca do Estado, Museu de Arte Moderna, Museu de Arte Sacra, Museu do Ipiranga e Museu Brasileiro de Escultura são alguns dos 88 museus existentes na cidade. Além das inúmeras galerias de arte e espaços alternativos de cultura. Se a idéia é se divertir em um espetáculo, São Paulo oferece opções que vão do erudito ao popular, dos antiquados aos descolados. São 120 teatros, 39 centros culturais e sete casas de espetáculos.


Para aqueles que procuram boas baladas, São Paulo é o lugar. Além da conhecida Vila Madalena, reduto de bares e botecos que agradam qualquer gosto ou estilo, São Paulo tem algumas das melhores casas noturnas do mundo. Conhecidos internacionalmente pela boa música, assumem as pickups das casas da Rua Augusta, Vila Olímpia, do bairro da Barra Funda, DJ's renomados do circuito e que não deixam a bola cair enquanto o sol ainda não está bem alto lá fora. Museu a céu abertoNos moldes do famoso cemitério parisiense Père-Lachaise, São Paulo possui uma importante referência em arte tumular. O Cemitério da Consolação, mais antiga necrópole em funcionamento na cidade, é um verdadeiro museu a céu aberto. Há 150 anos era o único da cidade e abrigava a população em geral. Com o passar do tempo, se tornou o lugar de descanso da elite paulistana e, além da preciosidade das obras que adornam os jazigos, começou a receber túmulos de inúmeras personalidades. Dentre elas estão nomes como os da Marquesa de Santos, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Monteiro Lobato, Campos Sales e Mário de Andrade.Com a prosperidade da cafeicultura e o surgimento da elite dos barões de café, o cemitério passou a abrigar obras de arte produzidas por escultores de renome. Rodolfo Bernadelli, Victor Brecheret e Bruno Giorgi são alguns dos artistas responsáveis por toda beleza que se vê adornando os túmulos e mausoléus do local.

Eventos

Quer encontrar a sua tribo? Marque um encontro em São Paulo. Isso foi o que fizeram cerca de 3,5 milhões de pessoas que se reuniram na última Parada Gay realizada na cidade. O número de participantes foi maior que o evento de Nova York, que reuniu pouco mais de um milhão de pessoas, e o de Toronto, que contou com 900 mil participantes.Além da Parada do Orgulho GLBT, outro evento em acelerado crescimento é a Virada Cultural. Inspirada nas Nuits Blanches (Noites Brancas) parisienses o evento realizado pelo poder municipal reúne shows, teatro, espetáculos de dança, circo, literatura e exposições, em 24 horas ininterruptas de atividades. A maior parte dos palcos se concentra no centro histórico e, além das atrações, a Virada Cultural é uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais da capital paulista à noite.São Paulo sedia ainda festivais de música eletrônica como o Skol Beats, o festival de rock, jazz e MPB Tim Festival, a Corrida Internacional de São Silvestre, o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Interlagos e muitas outras feiras e festas ao longo do ano.Passeios e atividades ecológicasSe a viagem de negócios possibilita dar aquela esticadinha, não deixe de visitar alguns locais em São Paulo. Passear pelo centro é uma boa opção para os que desejam conhecer os marcos arquitetônicos da cidade: lá estão o Edifício Copan e o Edifício Itália, duas das construções mais importantes e conhecidas da cidade.Também vale visitar a avenida Paulista, as feirinhas espalhadas pelos vários bairros da cidade, a Estação da Luz e o Mercado Municipal, com seus famosos pastéis de bacalhau e sanduíches de mortadela.Para aqueles que buscam o contato com a natureza ou querem manter a forma com uma boa caminhada, o parque Ibirapuera, que fica bem perto do centro da cidade, é uma ótima opção para descanso e lazer.




Além dele, existem outros 53 parques e áreas verdes na cidade, como o parque Trianon, na avenida Paulista, o Horto Florestal e o Parque Estadual do Jaraguá, que exige boa forma daqueles que se aventuram por seus 45 mil metros quadrados de extensão.Se a viagem inclui crianças e adolescentes - ou até adultos mais animados -, é interessante se preparar para uma visita a alguns dos parques temáticos da cidade. Para os pequenos, São Paulo oferece o Parque da Mônica e o Betinho Carrero. Também são opções o zoológico, o zoo safári, o Playcenter e o Hopi Hari.

Compras e negócios

São Paulo é considerada a capital sul-americana do consumo por sua diversidade de estabelecimentos e produtos comercializados. Se em sua carteira há apenas alguns reais ou, se o limite do cartão de crédito vai às alturas, a cidade tem algo a oferecer sob medida para você.

Da Oscar Freire à José Paulino, são cerca de 240 mil lojas, mais de 60 shoppings e 59 ruas especializadas em 51 segmentos.A capital paulista também é destino de negócios. Os principais encontros e 75% das grandes feiras nacionais são realizadas aqui: são cerca de 90 mil eventos por ano - um a cada seis minutos. Somando o número da movimentação comercial autóctone com as que a cidade sedia, São Paulo é responsável por 15% do PIB brasileiro.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Charmosa e badalada, Ilhabela conquista visitantes com encantos naturais e alto astral



A prancha de kite voa baixo na superfície d'água, quase não encosta de tão rápido que passa, e os saltos chegam a uma altura respeitável, com direito a muitas manobras. O céu, salpicado de pipas coloridas (velas com formato de paraquedas), fica alegre, tanto faz se há sol ou não, o importante para os velejadores de kitesurfe, modalidade que mistura surfe, voo livre e windsurfe, é que, no canal que separa ilha e continente, há muito vento. E dos bons, constante e forte. Outro tipo de vela, a dos barcos oceânicos, toma conta da paisagem durante todos os meses de julho desde 1973. É a Semana de Vela de Ilhabela, agora patrocinada por uma importante marca de relógios, com barcos e tripulações de todos os cantos, acompanhados por muitos cifrões. A vocação e comprometimento com o esporte é grande, basta notar nos adesivos que circulam nos carros: duas velinhas coloridas desenhadas são o símbolo da cidade. Logo abaixo, lê-se o slogan oficial: Ilhabela Capital da Vela.

A mais charmosa e badalada ilha do litoral paulista conquista visitantes com seus encantos naturais e alto astral. Caso do navegador Américo Vespúcio, de passagem por aqui em 1502, quando já afirmava que "se realmente existisse um paraíso na Terra, certamente estaria muito próximo a esta região".Mas suas baías, abrigadas do mar aberto e invisíveis para os que navegam ao largo, já serviram de refúgio e esconderijo a velejadores nem um pouco amigáveis --aqueles de bandeirinha preta, caveira e ossos no tope do mastro. Entre os séculos 16 e 19, famosos piratas e corsários (estes últimos a serviço da Coroa) infernizaram o pedaço, saqueando vilas e tomando as cargas preciosas dos navios que ousavam se aventurar por estas águas. Além de muito trabalho, os ingleses Thomas Cavendish, Francis Drake, Anthony Knivet, e o francês Duguay-Trouin, deram origem a muitas lendas e material farto para o imaginário popular. Os ataques eram tão frequentes que para se defender, Portugal precisou construir sete fortificações nos dois lados do Canal de São Sebastião, com sistema de tiro cruzado por canhões.Em tempos mais amenos, o maior tesouro de Ilhabela está ao alcance de todos. Percorrendo o litoral recortado, são nada menos que 40 praias e centenas (você leu certo) de cachoeiras a explorar. No imponente relevo montanhoso, picos quase sempre cobertos por nuvens ultrapassam a marca de 1.300 metros. E a mata atlântica da ilha, cobrindo 85% do município, tem a proteção do Parque Estadual de Ilhabela. Um privilégio, considerando que, no total, a área remanescente em nosso país é de apenas 7% da cobertura original. As praias voltadas para o continente são badaladas e urbanizadas do jeito que estamos acostumados: asfalto, ciclovia, TV a cabo, internet e sinal de celular. No centro histórico conhecido por Vila (do antigo nome da ilha, Villa Bella da Princesa, em homenagem à irmã de D. Pedro I), luxuosas pousadas, cafés, lojas sofisticadas, bares e restaurantes da moda contam com serviço de primeiríssima qualidade.Esse luxo todo vai até aonde o asfalto durar. Daí em diante, só se chega de jipe (em Castelhanos), por trilhas ou barco. E nada de comunicação, notícias e chateações do mundo exterior. Desligamento total. Para desbravar o lado mais intocado da ilha e suas praias selvagens, basta um pouco de disposição (e muito repelente, pois os sedentos borrachudos adoram visitas). A natureza e a magia do lugar se encarregam do resto, enfeitiçando o visitante.A comitiva local de boas vindas vai se apresentando à medida que avançamos pela mata. Com um pouco de sorte, tucanos, maritacas, arapongas e pica-paus são avistados, participando da trilha sonora da floresta. De galho em galho, por majestosos jequitibás, jatobás, guaperuvus, cedros e ipês, a macacada grita escandalosa. Até a jaguatirica, ameaçada de extinção, é vista por estas bandas, entre espécies que só existem aqui --caso do cururuá, um roedor peludo e cheio de espinhos. Nas praias mais remotas, comunidades caiçaras vivem isoladas do resto do mundo, mas em sintonia fina com a natureza. Conservam tradições, costumes e técnicas de caça e pesca que só eles conhecem. Diferentes no modo de falar (alguns trocam o "v" pelo "b", como em "bassoura"), e mestres na arte de construir as seculares canoas de voga (feitas de um único tronco de árvore), muitos têm os cabelos loiros e olhos azuis (seriam eles descendentes de piratas? Ou de náufragos?).Mistérios e lendas à parte, o fundo do mar lembra os reais perigos de navegação ao redor da ilha em uma coleção de mais vinte naufrágios, uma festa para os mergulhadores. Quem é credenciado para mergulho autônomo (com cilindro de ar comprimido), pode ir a fundo e conhecer de perto navios como o brasileiro "Atílio" (1905), o britânico "Whator" (1909) ou o transatlântico espanhol "Príncipe das Astúrias" (1916), isso sem falar de uma exuberante vida marinha.Além dos encantos naturais, acima e abaixo d'água, há outra coisa marcante na ilha, principalmente nos feriados e temporadas de férias. É a fila de carros para a travessia da balsa, por vezes quilométrica... Mas não se preocupe, para isso o lado "civilizado" já providenciou a solução. Com antecedência, marque horário na balsa (serviço pago), "fure" a fila e seja feliz. No embarque, ainda em São Sebastião, só fica faltando a placa: Paraíso a 6km.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sede da Copa do Mundo de 2010, Cidade do Cabo tem o exotismo africano e muito mais


A Cidade do Cabo encanta não só os apaixonados, como é conhecida há anos, mas todos aqueles que amam as coisas boas da vida. A primeira impressão que se tem ao ouvir falar de uma cidade africana é de um destino cheio de exotismo, vida selvagem e natureza, certo? Pois isso é só o começo do que você poderá desfrutar ao visitar a Cidade do Cabo, segunda maior cidade da África do Sul, um dos dez mais procurados destinos turísticos do mundo. Descoberta em 1488 pelo português Bartolomeu Dias, que explorava os mares em direção às Índias, a região logo foi tomada pelos holandeses e ingleses, presentes na região até hoje. A surpresa começa pela disposição geográfica única, a cidade rodeia o pé de uma montanha, a Montanha da Mesa (do inglês Table Mountain), que leva este nome por apresentar justamente o formato de uma mesa, seguida de uma formação rochosa com 12 picos, que foi denominada pelos locais como "os 12 apóstolos". Não espere encontrar uma cidade muito grande, na verdade a região metropolitana da Cidade do Cabo, mesmo sendo considerada a segunda maior população da África do Sul, limita-se pelo contorno da Montanha da Mesa com o oceano Índico ao fundo de um lado e o oceano Atlântico do outro, fazendo que seu crescimento seja bastante controlado. Nos seus arredores, há o Cabo da Boa Esperança, o ponto mais distante do continente africano em direção à Antártida.O estilo da cidade é colonial e traz charme para seus edifícios e prédios públicos (o poder Legislativo da África do Sul tem a Cidade do Cabo como sede), bem como museus de diversas comunidades, como os judeus e os muçulmanos.
O passado contrasta com a modernidade e as grandes highways da cidade, bem como o complexo beira-mar de shoppings, hotéis, restaurantes e outros passeios, chamado de V&A Water Front, logo trarão a imagem de uma cidade contemporânea e cosmopolita, o que traz conforto e praticidade para quem a visita. Ainda no ritmo de modernidade, a cidade oferece empreendimentos como o Canal Walk, espécie de shopping center gigantesco em meio a canais fluviais que são interligados a condomínios residenciais, comerciais, áreas de lazer e shopping centers com praças de alimentação e outras opções de entretenimento, modelo que esta se tornando muito comum em toda África do Sul.Localizada na província de Western Cape, a Cidade do Cabo também é conhecida pela liberdade de expressão proveniente de um país em constante transformação. Reduto de artistas de todo o continente africano, a sociedade local abre espaço para o público GLS (o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido na África do Sul) e recebe centenas de turistas que realizam seus casamentos na atmosfera amigável e romântica da cidade.Você poderá surpreender-se com a infra-estrutura e a organização logo ao chegar à África do Sul. Sede da Copa do Mundo de 2010, o país enfrenta um acelerado processo de modernização de infra-estrutura pública e hoteleira, que prevê novos aeroportos, estradas e áreas de lazer. Você terá a impressão de estar visitando um país desenvolvido da Europa ou América do Norte. Porém, lembre-se que você está em um país em desenvolvimento, que possui favelas e áreas com risco de crime, todas elas localizadas em regiões marginais à cidade, bem longe do convívio urbano.O clima da Cidade do Cabo, no entanto, não é exatamente o que brasileiros estão acostumados para uma cidade praiana. Sua localização geográfica está exatamente no meio da corrente de ar que vem da Antártida, ou seja, mesmo com dias ensolarados e bonitos, os ventos (muito comuns na primavera) e as brisas fazem a temperatura girar entre 4 e 12 graus no inverno e 15 e 29 graus no verão. Note que esta mesma corrente traz uma área de instabilidade que cobre geralmente o topo da Montanha da Mesa, principalmente no outono e no inverno. Muita gente visita a cidade e vai embora sem ver a montanha, o principal cartão-postal da cidade. Portanto é bom você checar o clima antes de decidir seu passeio, para evitar frustrações, consulte sempre a previsão no Weatheronline (21 424-8181).Stellenbosch É considerada um dos principais destinos turísticos nas redondezas da Cidade do Cabo por concentrar o maior número de vinícolas do país. Conhecida como a "rota do vinho", a cidade e toda sua região oferecem cinco sub-rotas com mais de 200 produtores de vinho que são visitadas por turistas de todo mundo, há mais de 30 anos. Mas não se preocupe com tanta fartura, o departamento turístico local oferece mapas com todas as informações sobre cada vinícola e o caminho de todas as rotas para que você possa desfrutar daquela que escolher.

Algumas dicas e boa viagem: Alugue um carro, você ficará livre para decidir seus passeios e é muito barato. Coma frutos do mar na Cidade do Cabo, pois além de baratos estão entre os melhores do mundo, aproveite um almoço em Camps Bay para fazer isso e peça vinho branco sul-africano para acompanhar. Almoce no Groot Constancia, a mais antiga vinícola da África do Sul. Para os amantes de boa música, vá jantar no Green Dolphin Restaurant, em V&A Waterfront, para fazer uma imersão no jazz sul-africano bacana.

domingo, 27 de setembro de 2009

Capital do Maranhão e do reggae, São Luís é banhada por mar, rio e por muita cultura


São Luís é capital do Maranhão e do reggae ao mesmo tempo. Banhada por mar e rio, a cidade que no século 19 se cobriu de azulejos portugueses para melhor resistir ao calor da zona equatorial virou também sinônimo de Patrimônio Cultural da Humanidade.O título veio uma década atrás, em 1997, quando a Unesco confirmou o Centro Histórico como "testemunho excepcional de tradição cultural". Somando-se os tombamentos federal e estadual, são cerca de 3.500 edificações dos períodos colonial e imperial, entre sobrados, palácios, igrejas e casas de porta e janela, em diferentes estados de conservação.Uma visita ao bairro da Praia Grande, antiga zona portuária, costuma começar pela rua Portugal, onde sobrados de até quatro pavimentos são revestidos de cerâmicas coloridas de cima a baixo. O azulejo ajuda a refletir os raios solares, protegendo os moradores do calor e também conservando as fachadas contra as chuvas torrenciais do primeiro semestre. Em São Luís, o calor e chuva não são para amadores.O reggae de inspiração jamaicana se impõe entre as animadas manifestações culturais da região e compete com o bumba-meu-boi em popularidade e lazer para multidões. Existe até o Dia Municipal do Regueiro: 5 de setembro. Cultura negra onipresenteFundada por franceses em 1612 e reconquistada pelos portugueses três anos depois, a capital está localizada na parte ocidental da Ilha de São Luís, no Golfão Maranhense. Os rios Bacanga e Anil banham a região central, compondo uma bonita paisagem com o Palácio dos Leões, antiga fortaleza. No sentido centro-bairro, a partir da ponte Presidente José Sarney começa a orla com as principais praias: Ponta d´Areia, São Marcos, Calhau.Com cerca de 960 mil habitantes, São Luís pode ser comparada a capitais como Salvador e Rio de Janeiro quando o assunto é a força da cultura negra, presente nas festas populares e rituais afro-brasileiros. Exu, tranca-rua, Ogum, encruzilhada, Casa de Nagô e pomba-gira, por exemplo, são termos das canções de Zeca Baleiro e Rita Ribeiro, dois artistas do Maranhão, terra natal da cantora Alcione e dos poetas Gonçalves Dias e Ferreira Gullar.Em 2007, a dança tambor de crioula, que homenageia São Benedito, foi promovida a Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, um título já concedido pelo governo federal a outras preciosidades como o frevo pernambucano e o ofício das baianas do acarajé. A história da escravidão também constrói o tambor de mina, o nome para a religião afro-brasileira local. Na costa africana, os escravos eram embarcados desde o Porto de São Jorge Del Mina, e o termo passou a identificar etnias da população negra.No enredo do bumba-meu-boi, duas das figuras principais são escravos: Catirina e o marido que, tresloucado de amor, mata o boi do patrão para que a mulher, grávida, realize o desejo de comer a língua do bicho. A festa junina do "boi" tem a complexidade dos diversos sotaques, os ritmos de zabumba, matraca ou orquestra, e uma infinidade de cores e brilhos nas roupas e adereços dos participantes.Museus como Casa do Maranhão, Cafuá das Mercês e Centro de Cultura Popular oferecem aos turistas uma ótima oportunidade de conhecer melhor a história das festas e rituais. Além de protegê-los contra o calor em ambientes refrigerados.Não bastasse a ausência da cor azul que marca as águas da orla nordestina, as principais praias de São Luís são poluídas, resultado de prolongado descaso com o saneamento básico. A má notícia foi confirmada em 2007 numa pesquisa da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) que detectou índices de coliformes fecais muitas vezes superiores aos recomendados pela Organização Mundial de Saúde. O problema se verifica em praias como Ponta d´Areia, São Marcos, Olho d´Água e Calhau, próximas do centro. A maré sobe ou desce a cada seis horas, um espetáculo para ser assistido de longe. Moradores bem-informados preferem a distante Araçagi para banho.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Londres tem o charme de uma legítima capital européia



Londres (London,) é uma metrópole sem dono. Em seus metrôs, você verá indianos, árabes, norte-americanos, latinos, australianos, europeus em geral. Vai escutar tantos idiomas quanto não ouviria em qualquer outra cidade. Como em nenhum outro lugar, tem-se a sensação de que, se existe um centro do mundo, é aqui mesmo, a capital britânica. Londres é a síntese de Nova York, Paris, Tóquio, Bombaim, Sydney, São Paulo, muito no que há de melhor (como você verá ao longo do texto - ou conhecendo in loco), e um pouco no que há de pior (clima, poluição, tráfego arrastado, sem-teto) -acrescido do inconfundível estilo inglês (afinal, ainda faz parte da Grã-Bretanha). Explorar Londres merece no mínimo 5 ou 7 dias - mas talvez 1 ano fosse o ideal. O poeta Samuel Johnson disse "Quem está cansado de Londres está cansado da vida". Verdade. Existem centenas de opções para conhecer e aproveitar a cultura local: ótimos museus, parques bem cuidados, teatros, galerias, pubs, cafés, shows, feiras, mercados, livrarias, bibliotecas, atrações turísticas em geral. Sim, gasta-se dinheiro (e é para gastar, se é para deixar de aproveitar por extrema economia, melhor nem ir), mas também há muitas alternativas gratuitas. Estar em Londres é um investimento em sua viagem, e, sem exagero, em sua vida.

domingo, 20 de setembro de 2009

Querida do turismo de negócios, Curitiba valoriza parques e praças e sedia festivais culturais


Capital sulista, de frio intenso no inverno, Curitiba lembra Buenos Aires e cidades européias na valorização e na beleza de seus parques e praças. São dezenas de áreas verdes, de todos os tamanhos, com atrações que se multiplicam. Lagos, chafarizes, jardins, trilhas, mirantes e quedas d'água iluminando pedreiras, museus, aves, peixes, pontes, esculturas, brinquedos infantis. Parques e praças curitibanos mudam de cor a cada estação e enchem os olhos dos turistas. A metrópole paranaense tem 1,8 milhão de habitantes e, segundo pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) da USP (Universidade de São Paulo) em 2007, é a terceira cidade brasileira mais procurada por estrangeiros para o turismo de negócios e eventos. No topo deste ranking estão São Paulo e Rio de Janeiro. Contribuem para a destacada posição as redes hoteleira e gastronômica, os serviços de transporte público e inovações arquitetônicas, como a integração de centros de convenções a shopping centers. Fica tudo perto, fácil, rápido.Os parques também divulgam a marca da imigração. O Bosque Alemão homenageia os pioneiros de 1833 e o Bosque do Papa celebra os poloneses e a nacionalidade de um visitante ilustre, Karol Wojtila, o papa João Paulo 2º. O primeiro de todos os parques da cidade, o Passeio Público, de 1886, guarda o Memorial Árabe, enquanto o Parque Tingüi abriga coleções de pessankas (o ovo pintado, símbolo da ressurreição) e imagens sacras no Memorial Ucraniano. No Paraná residem 90% dos ucranianos e descendentes que estão no Brasil.Bowkalowski, Wolochtchuk, Kulczynskyj, Leminski, Rischbieter, Modkowski, Kozak, Krajcberg, Recchia, Stellfeld. Em qualquer sala de aula de Curitiba há uma lista de chamada composta de tais sonoridades. Os sotaques e as culturas dos imigrantes impregnam a visita a esta cidade brasileira de gostos e ritmos internacionais. As copiosas refeições italianas no bairro Santa Felicidade têm banquetes eslavos como concorrentes, no Setor Histórico. Na programação regular de espetáculos há flamenco e danças polonesas.E, para beber, vodca. Nem o vinho dos gaúchos, nem os chopes dos catarinenses. De fabricação regional, russa ou finlandesa, a vodca ajuda a enfrentar o clima subtropical. Mesmo nos meses de verão a temperatura pode baixar de 20ºC. E, no inverno, chega a zero ou menos nas madrugadas.Não é difícil conhecer parte de Curitiba em passeios a pé, por conta das calçadas largas, arborizadas, e das ruas e avenidas bem sinalizadas. Mas não dispense os ônibus, que compõem a identidade da capital. A praça Rui Barbosa, por exemplo, concentra dezenas daqueles tubos transparentes para embarque e desembarque. As linhas são integradas num único bilhete. Aos domingos, as passagens têm desconto.A Linha Turismo é um serviço especial, mais caro e confortável, que funciona de terça a domingo. O ônibus percorre 25 pontos de interesse em duas horas e meia, sendo que o bilhete dá direito a quatro reembarques. Vale a pena fazer o trajeto logo no primeiro dia na cidade, para ter uma idéia das distâncias. Cartão-postal com estufa e canteiros geométricos, o Jardim Botânico está entre os mais concorridos. O Teatro Guaíra surge no roteiro logo após o Mercado Municipal. Parecem estar próximos, mas uma caminhada se revela longa, são dez quarteirões. A Ópera de Arame fica a meia hora, de ônibus, da Torre Panorâmica, uma torre de telefonia com mirante circular a 105 m de altura. Os horários afixados nas paradas ajudam a programar quantos e quais pontos visitar num dia.Festivais culturaisCuritiba também ganhou fama pela qualidade de seus festivais culturais. Já com década e meia de existência, o Festival de Teatro funciona como encontro marcado da classe artística, de vários Estados, a cada mês de março. Outras celebrações anuais coletivas com público cativo são o Festival Espetacular de Teatro de Bonecos e a Oficina de Música. Para quem está de visita, todos oferecem a chance de conhecer o variado cardápio de salas de espetáculo, das pequenas às portentosas, como o Guairão, com 2.173 lugares, e o Teatro Vitória, com 1.500 lugares.Boa parte do patrimônio histórico é relativamente recente. Nos anos 50, surgiu a primeira sala do Teatro Guaíra, o Centro Cívico e o Mercado Municipal. A Rua das Flores, primeiro calçadão do Brasil, foi fechada nos anos 70, mesma época dos projetos do parque Barigüi e da Rodoferroviária. A Ópera de Arame foi inaugurada nos anos 80; os parques Tanguá e Jardim Botânico, nos anos 90, pouco antes da moderna Arena da Baixada.O século 21 trouxe dois presentes na área dos museus: o Museu Oscar Niemeyer e o Espaço Perfume. O primeiro deixa o visitante em êxtase antes da entrada, quando ele se depara com a torre monumental e os grandes vãos livres da primeira ala projetada por Niemeyer. Dá vontade de fazer como as crianças e apostar corrida no piso, ou na rampa. Por falar em crianças, as famílias não se vêem em apuros para entreter os pequenos. Brinquedos e bichos em parques e praças dão conta do recado -o Barigüi tem até parque de diversões.Curitiba se prepara há décadas para receber bem o turista. Entre os confortos recentes está a programação cultural do mês disponível na Internet, com a agenda antecipada de shows de música, festas, teatro, artes visuais. Dependendo do evento, dá para chegar lá com o ingresso garantido. Ou pelo menos com o horário e o endereço certos na mão.E não se assuste com a cordialidade incomum de taxistas, recepcionistas, garçons, vendedores. Eles usam frases do tipo 'permite que lhe ajude?', 'desculpe interromper, mas...', 'gostaria de receber mais informações?', 'posso sugerir um passeio?'. Uma educação ancestral, discreta, sob medida para demonstrar que o recém-chegado é bem-vindo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Todas as cores se misturam em Moscou


Todas as cidades do mundo são diferentes, mas algumas são mais diferentes do que outras. Moscou (Moscow em inglês, Mockba em russo), 9 milhões de habitantes, é repleta de contradições. É tão feia, com tantos prédios horrorosos, quanto atraente, com algumas das construções mais fascinantes da Europa. É tão cinza na arquitetura quanto vermelha no Kremlin, verde nos parques, branca no inverno, colorida nas igrejas... É miserável com as babushkas mendigando pelas ruas, como opulenta com as limousines circulando nas largas avenidas. Mesmo as virtudes dessa grande cidade implicam o choque de opiniões. O metrô é majestoso, mas você muito provavelmente irá se ver completamente perdido, ainda que com um mapa na mão. Mas se for esperto, porém, saberá tirar proveito, reparando na riqueza de detalhes e nas imagens das estações que traduzem o mundo de não muitos anos atrás. Os museus são formidáveis - história, artes, literatura. No entanto, quase todos com informações exclusivamente em russo. Se aguçar a percepção, vai aproveitar igualmente. Mas nem tudo está em cirílico: a vida noturna, os fabulosos teatros, os espetáculos de dança, os parques que viram ringues de patinação no Natal, os bons restaurantes, o cotidiano de uma cidade como... Moscou! Mas, novamente, dentro das contradições: a menos que você esteja recheado de dólares - ou rublos, que definitivamente é a moeda local - deverá priorizar o que ver e o que fazer. É uma cidade cara em todos os sentidos. Talvez o maior de todos os paradoxos seja o sentimento por ela - você vai amar e odiar ao mesmo tempo. As duas únicas certezas: só estando lá para saber, e isso valerá a pena



INFORMAÇÕES E SERVIÇOS






DDI - 7 para chamadas do Brasil ou de outro país para a Rússia, 8 na situação inversa


Código de acesso de Moscou - 095


Moeda - Rublo


Valor de troca - € 1 = 34,40R; US$1 = 27R; R$1 = 13R


Idioma - Russo é o oficial, mas há uma centena de outras línguas regionais


Clima - Verão quente, com dias longos. Bem mais rigoroso que o calor do verão é o frio do inverno. A partir de outubro começa a esfriar e em dezembro já pode cair neve, muita neve.


Fuso horário - 6 horas a mais em relação a Brasília


Telefones de emergência - 02 (Polícia)


Horários - O comércio funciona geralmente das 9h-19h de seg/sáb, mas pode se estender até mais tarde, principalmente no verão, ou fechar mais cedo, no inverno, assim como abrir no domingo. Para órgãos públicos e bancos, considere de seg/sex 9h-17h, alguns eventualmente funcionado sábado ou até as 18h.


Gorjetas - Restaurantes e bares de Moscou e S.Petersburgo estão aprendendo isso, alguns adicionando 10% à conta, outros apenas no se-vier-será-bem-vindo. Mas não é "obrigatório", e se você não estiver a fim de dar gorjeta, tudo bem.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bonito tem o maior aquário natural de água doce do Brasil, além de grutas, cachoeiras e trilhas


Rios de águas límpidas repletos de peixes multicoloridos, enormes cachoeiras, grutas, paredões rochosos e mata atlântica são apenas alguns dos encantos de Bonito. Localizada na região da Serra da Bodoquena, a menos de 3 horas de Campo Grande, a pequena cidade sul-mato-grossense oferece inúmeras opções de esportes radicais aos seus visitantes, por isso, prepare-se, por lá só não vale ficar parado. Devido a inúmeros acidentes geológicos, a região ao redor de Bonito tem uma grande concentração de calcário no solo, motivo da supertransparência da água dos rios, as principais atrações turísticas da cidade. As atividades mais cobiçadas por quem visita o local são o mergulho em cavernas com observação da fauna subaquática e a flutuação. Usando roupa especial de neoprene, máscara e snorkel, o visitante se joga em rios como o Da Prata e o Formoso e deixa-se levar por águas calmas e cristalinas, observando peixes nadarem tranqüilamente abaixo de seu corpo. Em terra, o destaque fica por conta das escaladas. O Abismo Anhumas, por exemplo, atrai os aventureiros mais corajosos, que descem 72 metros de rapel. As trilhas também fazem sucesso entre os turistas. Quase sempre em mata ciliar, proporcionam a observação de animais silvestres.Outro passeio que faz sucesso entre os turistas é a visita às grutas ou cavernas de Bonito. Porém, fique atento, nesse caso é preciso mais do que vontade de conhecer, já que experiência e equipamento adequado são obrigatórios, por isso se informe em agências de turismo locais antes de tentar se aventurar. Turismo Sustentável, um exemplo para todosBonito é um dos grandes destaques no cenário turístico nacional, especialmente quando o assunto é natureza. Desde meados da década de 90, quando adotou um sistema que conseguiu equilibrar visitas e conservação do meio ambiente, a cidade virou um exemplo de turismo sustentável. Por lá, a comunidade se envolve em todos os serviços oferecidos buscando a harmonia na utilização dos recursos naturais, e os turistas são obrigados por lei a pagar taxa de visita e contratar um guia credenciado para passear pelas atrações turísticas locais. Tudo visando a preservação.Além das belezas naturais ao seu redor, a cidade conta com uma boa infra-estrutura com hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos, além de boas opções de restaurantes. O período das chuvas, entre os meses de dezembro e março, é considerado o ideal para uma viagem a Bonito. A temporada, marcada pela abundância de água, eleva o nível dos rios e apresenta cachoeiras caudalosas como nunca. Além disso, a vegetação, ainda mais verde, atrai animais silvestres em busca de alimento, tornando as atrações locais ainda mais atraentes para quem curte natureza. Já entre maio e agosto, os campos ficam mais secos, causando queimadas e afastando a fauna.É prudente checar na Anvisa (http://www.anvisa.gov.br/) a necessidade de vacinação contra a febre amarela para visitar o local.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Manaus é a porta de entrada para o exuberante universo da selva amazônica


Um dia de turista na selva começa com a companhia de um papagaio no café, bicando suco e destroçando frutas na mesa. Segue com caminhada guiada na mata, dali a pouco um macaquinho pula no colo, depois tem passeio de barco e pescaria e, à noite, mais bichos: focagem de jacarés e novamente os sons e cheiros da floresta. Manaus é a porta de entrada ideal para quem busca aventuras amazônicas com segurança -por falar em segurança, não se esqueça da vacina contra a febre amarela.A exuberância do lugar, de sua fauna e flora, ocupa páginas de enciclopédias. Também remete à infância, às primeiras aulas de geografia, em que se descobre que o rio Amazonas tem tamanho e importância colossais.Quantas outras paisagens são tão exclusivamente brasileiras quanto o encontro das águas dos rios Negro e Solimões? Talvez meia dúzia: o Pão de Açúcar, os Lençóis Maranhenses... As cores amarela e negra, que recusam a mistura imediata na formação do mais extenso e volumoso rio do mundo, estão entre os cartões-postais da América do Sul."Ainda hoje, quando viajo pelo rio Negro, digo sem nenhum bairrismo: é uma das paisagens mais belas do mundo. E olha, tem tanta história ali..." Quem elogia é um manauara da gema, o romancista Milton Hatoum. Seus livros compõem uma fabulosa iniciação à história multicultural, de europeus, índios e caboclos, e ao clima (quente e úmido) da capital do Amazonas. Manaus é uma cidade grande, de trânsito complicado, com 1,7 milhão de habitantes. Entre as principais atrações da zona urbana estão o Teatro Amazonas, sede de um importante festival anual de ópera, o Museu do Índio, o Centro Cultural dos Povos da Amazônia e, claro, a região do porto.
Ali o rio Negro se exibe com porte de mar, de tão largo. Em alguns trechos, chega a 23 km, de uma margem a outra.Do porto partem viagens curtas e longas --para Belém, por exemplo, dura quatro dias-- e também cruzeiros em um barco-hotel cinco estrelas, nos rios Negro e Solimões.A metrópole que viveu tempos de opulência durante o ciclo da borracha oferece aos visitantes confortos como os shopping centers e a chance de escolher entre seis ou oito tipos de refrigerante de guaraná, em qualquer supermercado. Como vitamina, misturado a saborosas frutas regionais como o cupuaçu, o pó de guaraná ajuda a não sucumbir ao calor. Mas a capital também se mostra inóspita quando, a duas quadras do cinturão turístico do Teatro Amazonas, deixa acumular pilhas de lixo nas calçadas, da manhã à noite.A experiência de um 'hotel de selva' precisa ser incluída na viagem, pelo menos como 'day use', o que vários deles oferecem. Nestes lodges, a diversidade da floresta está ao alcance da mão, e os sons noturnos não incluem buzinas de automóveis ou TV, apenas pássaros, sapos e insetos. Os pacotes incluem as refeições e a companhia de guias, alguns de origem indígena, sempre generosos na hora de compartilhar os segredos da mata.Generosos e corajosos: na procura por jacarés, à noite, os guias se dispõem a segurar os bichos (pequenos, naturalmente) para que os turistas apalpem a pele, observem de perto a dentadura, o rabo, as patas. Não raro um engraçadinho resume a aventura: "Parece uma carteira!" Hotéis de selva também proporcionam um contato diuturno com os rios. Os rios comandam a vida na região. Transporte, alimentação, lazer, festas, tudo depende das rotas na água. No livro 'Á Sombra dos Igapós', o cronista Waldir Garcia descreve uma Festa do Divino de cores amazônicas: a canoa grande, que leva a Coroa do Divino, dá a volta no rio soltando cascas de laranja-da-terra embebidas em azeite de andiroba que, incandescentes com o fogo, formam uma trilha aquática luminosa. Dá para imaginar a beleza, e o perfume da cena.A floresta oferece riscos. Ainda que raros, os acidentes em trilhas guiadas podem ser graves. Cobras venenosas não são convidadas, mas podem aparecer. Quando as agências recomendam tênis ou botas, em vez de sandálias, mais meias e mangas compridas, é bom seguir à risca. Uma picada de marimbondo não mata, mas produz uma dor paralisante, que um ungüento retirado de árvores ou um óleo de copaíba saído do bolso do guia vão rapidamente amenizar, para que o passeio não se interrompa.Procurado mais por estrangeiros do que brasileiros, o turismo na selva amazônica vê chegarem cada vez mais grupos da terceira idade. Alguns caminham devagarzinho, com bengalas, e carregam as mochilas com dificuldade. Nada que diminua a adrenalina de conhecer um lugar tão exótico. Na hora de andar de cipó, os mais velhos são os primeiros da fila. As crianças estão lá atrás, preocupadas com os riscos da queda ou a sujeira nas mãos.Ao ouvir dos garçons o protocolar 'volte sempre', dói pensar que vai ser difícil por conta da distância. E a sensação que fica é a de que a primeira visita não deveria ter demorado tanto.